O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou que houve um progresso desinflacionário relevante, como o esperado pelo colegiado, mas salientou que ainda há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta. Isso, conforme a cúpula do BC, exige "serenidade e moderação na condução da política monetária". As informações constam da ata divulgada nesta terça-feira, 6, da última reunião do grupo na semana passada e que reduziu a Selic para 11,25% ao ano.
O Copom voltou a dar ênfase ao cenário internacional, citando que tem se mostrado volátil e, portanto, prescreve cautela na condução da política monetária. "O Comitê relembrou que a incorporação de cenários e variáveis exógenas, como a dinâmica fiscal ou o cenário externo, se dá por meio de seus impactos na dinâmica prospectiva de inflação, sem relação mecânica com a determinação da taxa de juros", escreveram os membros do colegiado no documento.
Sobre o cenário doméstico, o Copom avalia que o quadro vem se encaminhando em linha com o que era esperado. Para os integrantes do comitê, prossegue a trajetória desinflacionária dos núcleos e da inflação de serviços. "Além disso, dados recentes sugerem moderação da atividade econômica, como antecipado pelo Comitê", pontuaram.
Eles também enfatizaram que a desancoragem das expectativas de inflação para prazos mais longos se manteve desde a última reunião do Copom. Enfatizaram ainda que as projeções de inflação no horizonte relevante não se alteraram significativamente, mantendo-se acima da meta.
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