Na passagem de fevereiro para março, o consumidor encarou mais alimentos com aumentos de preços, porém os reajustes foram mais amenos, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um aumento de 0,95% em fevereiro para alta de 0,53% em março, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O grupo contribuiu com 0,11 ponto porcentual para a taxa de 0,16% do IPCA do último mês.
O índice de difusão de itens alimentícios, que mostra o porcentual de produtos com aumentos de preços, passou de 56% em fevereiro para 61% em março.
"A gente teve alta de preços em mais subitens alimentícios, porém, essa alta foi menor", frisou Almeida.
Segundo o pesquisador, os preços dos alimentos têm subido nos últimos meses por uma influência climática sazonal, que neste ano foi agravada pela ocorrência do fenômeno El Niño, que prejudicou algumas lavouras, reduzindo a oferta de determinados itens.
"Nos últimos meses a gente tem a questão histórica de altas (nos alimentos) nos meses de verão, por conta de altas temperaturas, por causa de chuvas. E, em 2024 esse efeito foi intensificado por causa do El Niño", declarou Almeida. "Em alguns casos a gente ainda pode observar uma alteração na oferta de produtos, com aumento de preços."
O custo da alimentação no domicílio subiu 0,59% em março. As famílias pagaram mais pela cebola (14,34%), tomate (9,85%), ovo de galinha (4,59%), frutas (3,75%) e leite longa vida (2,63%).
Já a alimentação fora do domicílio aumentou 0,35%. O lanche subiu 0,66%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,09%.
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