O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a aprovação da reforma tributária, dizendo que a medida tem "vários ingredientes" e que o primeiro deles é a desoneração total dos investimentos. "Como todo mundo fica igual, todo investidor é tratado igualmente e o investimento é totalmente desonerado. Você não paga sobre o que você está investindo, o que é um ganho enorme, estimula a pessoa a investir", argumentou.
Para Haddad, a reforma também vai possibilitar a diminuição de impostos sobre produtos essenciais, como os alimentos, gerando um impacto positivo sobre a distribuição de renda.
O ministro também afirmou ser "impossível piorar" o sistema tributário brasileiro, e que a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) das reforma pela Câmara dos Deputados "gerou um novo ar" para o País. "Você está respirando melhor no Brasil, as perspectivas de investimentos vão melhorar muito", disse Haddad, citando, também, as recentes melhorias nas classificações de rating soberano do País.
Haddad frisou que os impactos da reforma tributária devem ter um efeito diluído no tempo, mas que as decisões precisam ser tomadas agora. "É como na situação dos juros, que impactam imediatamente a decisão de investimentos. O mesmo vai acontecer com a reforma tributária", observou.
Na avaliação do ministro, os investidores irão olhar para o Brasil e ver que o País "tomou jeito". "O Brasil tinha entrado em um ciclo de baixo crescimento, briga política, polarização e desentendimento. E tudo que o presidente Lula quer é harmonizar de novo e o País voltar a crescer", comentou.
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