O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou nesta quinta-feira, 28, comentar sobre a participação do diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, nas reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do pacote de redução de despesas. "O BC é autônomo, não posso falar pelo BC", disse, acrescentando que, na realidade, o chefe do Executivo quis ouvir todos os lados possíveis para tomar sua decisão final sobre as medidas.
"Lula dialoga com todo mundo, não apenas com o mercado", disse o ministro, em relação à reação negativa dos ativos financeiros desde ontem quando se soube que, junto com o pacote de gastos, o governo também tinha a intenção de ampliar o número de contribuintes que não pagarão imposto de renda, com um limite de receitas de R$ 5 mil.
Haddad garantiu que todo o pacote foi discutido com os ministros e que todos foram ouvidos. Ele salientou que a reforma da renda seria mandada ao Congresso Nacional até por determinação constitucional e lembrou que este foi um compromisso de campanha de Lula e de "outros candidatos". "O tema da reforma da renda está pautado desde 2018, ao menos", frisou, explicando que a determinação foi a de tomar todas as decisões este ano para que sejam processadas em 2024 e 2025.
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