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Haddad: Redução no imposto de importação tem alcance, mas há outros fatores que ajudarão mais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta, 7, que o controle da inflação não vai acontecer apenas com as medidas anunciadas ontem pelo governo, que incluem a redução a zero do imposto de importação de produtos como carne, açúcar, café e

Eduardo Laguna e Giordanna Neves (via Agência Estado)

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Escrito por Eduardo Laguna e Giordanna Neves (via Agência Estado)
Publicado em 07.03.2025, 21:56:00 Editado em 07.03.2025, 22:07:04
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta, 7, que o controle da inflação não vai acontecer apenas com as medidas anunciadas ontem pelo governo, que incluem a redução a zero do imposto de importação de produtos como carne, açúcar, café e biscoitos. Para o ministro, as medidas têm alcance, mas a produção agrícola, apoiada pelo Plano Safra, e a correção do câmbio devem ser mais efetivos em derrubar a inflação de alimentos.

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Segundo Haddad, a decisão de zerar o imposto de importação não tem o objetivo de derrubar os preços imediatamente, mas sim segurar o apetite dos produtores que estão com a intenção de subir os preços. "Tem alcance, mas há outros fatores que vão ajudar mais a baixar o preço", comentou o ministro da Fazenda, que não participou do anúncio das medidas.

Ele ressaltou que um "bom Plano Safra" é metade do caminho para conter a inflação dos alimentos. Em paralelo, emendou, o dólar precisa voltar a um patamar civilizado. "Então, não é uma coisa que vai resolver. Não acredito que tenha uma decisão que vai resolver a inflação", comentou o ministro, durante participação no podcast Flow.

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Trump

O ministro Haddad expressou otimismo sobre as relações entre Brasil e Estados Unidos, apesar das ameaças de Donald Trump que podem resultar em aumento das tarifas sobre produtos brasileiros.

Haddad observou que a troca de comércio e serviços entre os dois países é superavitária do lado americano, de modo que não faz muito sentido para Trump entrar numa disputa comercial com o Brasil. "Seria um capricho arrumar uma confusão com o Brasil. Não faz muito sentido econômico, entendeu?", comentou o ministro.

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Assim, ele avaliou que a mudança de governo nos Estados Unidos, apesar das incertezas, não deve levar a uma guinada nas relações com o Brasil, que, pontuou Haddad, vinham prosperando nos dois últimos anos da administração de Joe Biden. "Eu não acredito que a mudança de governo vai implicar uma mudança drástica, até porque as nossas relações comerciais são muito equilibradas."

O ministro da Fazenda também destacou que o Brasil está em posição favorável no cenário internacional, apontando a aproximação com a China, com quem as relações bilaterais, conforme Haddad, "não podiam ser melhores", e o acordo do Mercosul com a União Europeia.

Para ele, existe um grau de incerteza global sobre Trump, que, entende, dá sinais trocados sobre o que efetivamente vai fazer, sem deixar muito claro a direção de suas políticas. Mas o Brasil, reforçou, está em situação confortável para contornar ruídos nas relações bilaterais e será também beneficiado pela queda "contratada" da queda dos juros pelo Federal Reserve, o banco central americano.

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