O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 13, que o número do pacote de ajuste de despesas que está em elaboração pelo governo será "expressivo" e reforçará o conceito de que todas as rubricas devem, na medida do possível, ser incorporadas ao que prevê o arcabouço fiscal. Questionado se isso significa que essas despesas devem seguir a regra geral do arcabouço, que limita o crescimento dos gastos a 2,5% acima da inflação, Haddad respondeu que devem "seguir a mesma regra ou alguma coisa parecida com isso". "Mas que atende exatamente o mesmo objetivo", disse o ministro, que não quis antecipar detalhes do pacote.
Ele foi questionado sobre a inclusão ou não de mudanças no seguro-desemprego, mas disse que não responderia a pontos específicos sobre o que será anunciado pelo governo, nem adiantaria o volume do impacto fiscal das medidas.
"Quando chegar a data eu vou anunciar em detalhes, mas o espírito geral, vocês já conhecem, que é algo que eu estou defendendo muito antes dos debates com os ministérios começarem. A ideia de que para o arcabouço fiscal dar certo, ele tem que ser reforçado num segundo momento. Tinha a regra geral que foi estabelecida no ano passado e agora aquilo que está saindo da regra geral, nós temos que procurar colocar dentro desse mesmo guarda-chuva para que ele seja sustentável no tempo. Esse é o princípio", afirmou Haddad a jornalistas após se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
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