O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar que o Congresso siga sendo diligente neste segundo semestre e que avance nas medidas que já foram encaminhadas, o que poderá deixar o Brasil em uma situação melhor ao final deste ano. O ministro participou do XXVI Congresso Internacional de Direito Constitucional, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em Brasília.
"Tudo que eu gostaria que acontecesse neste segundo semestre é que o Congresso fosse tão diligente quanto foi no primeiro semestre. Se concluirmos esse conjunto de medidas que já estão no Congresso, já estão endereçadas, a gente pode terminar o ano não em uma situação absolutamente confortável, porque o mundo está inspirando cuidados crescentes, (mas melhor)", disse o ministro da Fazenda.
Haddad defendeu a volta da grande política, com o afastamento de medidas que prejudicam o País no longo prazo. Nesse ponto, criticou a PEC dos Precatórios, proposta e aprovada no governo Bolsonaro, que permitiu postergar o pagamento de dívidas já reconhecidas da União na Justiça.
Ele disse que o atual governo é que tem de pagar o calote e lidar com o desafio que é a ação no Supremo Tribunal Federal sobre esse tema.
O ministro também argumentou que "jabutis" e "pautas-bombas" têm de ficar para trás, porque são entraves para o crescimento do País. "A pequena política tem que ser afastada. Vamos fazer a grande política, a oposição pode ajudar, inclusive criticando, mas construtivamente. Os Poderes podem se harmonizar", defendeu.
Haddad ponderou que 2023 pode ser um ano difícil, mas anuncia um ciclo de prosperidade no País. Fora da agenda econômica, ele reiterou a preocupação com a evasão no ensino médio, assunto que tratou em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta semana.
O governo avalia um tipo de bolsa permanência para incentivar os alunos dessa faixa etária, mas não divulgou detalhes da proposta, a cargo do Ministério da Educação.
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