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Haddad diz que pacote é a 1ª leva de ajuste fiscal e minimiza mudanças

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta, 20, que o pacote de corte de gastos encaminhado ao Congresso é a "primeira leva" de medidas do ajuste fiscal. Ele disse que as alterações feitas pelo Congresso terão impacto negativo de cerca de

Alvaro Gribel e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)

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Escrito por Alvaro Gribel e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)
Publicado em 21.12.2024, 07:07:00 Editado em 21.12.2024, 07:12:49
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta, 20, que o pacote de corte de gastos encaminhado ao Congresso é a "primeira leva" de medidas do ajuste fiscal. Ele disse que as alterações feitas pelo Congresso terão impacto negativo de cerca de R$ 1 bilhão em dois anos, na comparação com a economia de R$ 71,9 bilhões prevista inicialmente pela pasta (mais informações no quadro desta página, que não leva em conta as modificações feitas pelo Congresso).

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Segundo Haddad, o pacote é resultado de um consenso que existe hoje entre Executivo e Legislativo e, na sua visão, não faria sentido esperar outras medidas amadurecerem internamente para que fosse encaminhado algo mais robusto ao Congresso.

"Estamos chegando ao final do ano. Ou eu mandava agora para aprovar uma primeira leva de ajustes ou eu ia deixar um pacote mais robusto para o ano que vem, o que geraria mais incerteza, não menos. Não vou mandar agora porque não está robusto o suficiente? Ia ser um banho de água fria, ia ser o contrário do que as pessoas estão dizendo", disse ele, em café da manhã com jornalistas.

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O ministro acrescentou que "lutou por mais" medidas, mas que existe um trabalho de convencimento dentro do governo. "Eu lutei por mais, todo mundo sabe. O papel da Fazenda é esse, mas existe uma mediação que passa por outros ministérios e o Congresso."

Ele indicou que a opção de esperar até março para amadurecer outras ideias e encaminhar tudo ao mesmo tempo poderia ter um efeito pior sobre as expectativas dos agentes econômicos. "É melhor já submeter ao Congresso Nacional aquilo que, de alguma maneira, está pacificado entre o Executivo, os ministérios, entre o próprio Legislativo, os deputados e senadores da base, do que esperar até março para ter uma coisa mais robusta, mais vistosa."

Segundo o ministro, a Fazenda já refez as contas sobre o impacto das alterações feitas pelo Congresso nos dois projetos de lei e na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacote. "A conta já está feita. Não foi divulgada ainda porque está em aprovação no Senado. Mas estimamos algo em torno de R$ 1 bilhão (de perdas) em dois anos."

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Juros

Questionado sobre os efeitos que o aumento da taxa básica de juros (Selic) pode ter sobre o nível de atividade nos próximos meses, ele disse que já há expectativa de desaceleração, pelas próprias projeções do Ministério da Fazenda. "Não pretendo fazer nenhuma política de estímulo fiscal, não está na nossa ordem de considerações. Acredito que esse ciclo de alta dos juros vai ter um efeito muito rápido na economia. A nossa projeção de crescimento do ano que vem é de 2,5%, está no Orçamento, já é 1 ponto (porcentual) abaixo da deste ano. A desaceleração já estava mais ou menos contratada pelo próprio governo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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