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Haddad diz que Lula recomenda prudência com os EUA e destaca 'diálogo aberto' com o país

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou nesta quinta-feira, 10, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está recomendando "muita prudência" com relação aos Estados Unidos, e ressaltou que os canais diplomáticos com os norte-amer

Amanda Pupo, Fernanda Trisotto e Giordanna Neves (via Agência Estado)

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Escrito por Amanda Pupo, Fernanda Trisotto e Giordanna Neves (via Agência Estado)
Publicado em 10.04.2025, 14:59:00 Editado em 10.04.2025, 15:03:23
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou nesta quinta-feira, 10, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está recomendando "muita prudência" com relação aos Estados Unidos, e ressaltou que os canais diplomáticos com os norte-americanos estão abertos. Haddad ponderou que o cenário internacional tem mudado muito rapidamente e que, por isso, não é possível fazer uma avaliação criteriosa sobre os resultados da política de Trump sobre a economia global.

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"Não há uma diretriz clara e as pessoas estão com muita insegurança sobre o que está acontecendo com o governo dos Estados Unidos. Não é possível, nesses poucos dias transcorridos, fazer uma avaliação criteriosa. Então, qualquer coisa que eu falasse aqui pode ser desmentida amanhã, a depender dos desdobramentos do que vai acontecer", disse Haddad a jornalistas.

O ministro lembrou que o Brasil, assim como outros países da América Latina, recebeu um tratamento diferenciado no conjunto do tarifaço anunciado na semana passada, ponderando que as "coisas mudaram de novo" nesta semana, com a tarifa mais alta valendo apenas para a China.

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"Então, nós temos que aguardar o posicionamento final para saber como proceder. Mas o mais importante é que nós temos relações históricas de negociação com os Estados Unidos e nós estamos na mesa já há algumas semanas dialogando e eu penso que, em relação ao Brasil, o que aconteceu já faz parte da atuação da boa diplomacia brasileira", disse Haddad.

Blocos

O ministro da Fazenda afirmou ainda que o Brasil está aumentando o comércio com todos os três grandes blocos no mundo e que, pelo tamanho e posição que ocupa, o País não pode se ver como um "anexo" de um desses grupos.

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"Porque nós temos comércio crescente com os três blocos econômicos. Então, nós vamos sempre investir na política, na economia, no multilateralismo. Isso tem sido o mantra do presidente Lula, investir no multilateralismo", disse Haddad, ao ser questionado se o Brasil ampliaria sua relação comercial com a China neste momento.

O ministro apontou que o Brasil está não só aumentando o comércio exterior como ampliando os mercados abertos para commodities, outros bens e serviços.

Segundo Haddad, a aproximação para o País firmar mais parcerias também envolve conversas com países europeus, como a Alemanha. "Eu tive, na véspera do anúncio do tarifaço do Trump Donald Trump, presidente dos EUA, eu tive com o ministro das Finanças da França e fui convidado, talvez, não sei se a agenda vai me permitir, de ter uma conversa também com o governo da Alemanha, no sentido de também buscar uma maior aproximação com a Europa, que também está buscando alternativas", disse.

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O ministro reiterou que os canais diplomáticos com os Estados Unidos estão abertos e que não há mudança na postura da diplomacia brasileira, defensora do multilateralismo.

"É um princípio que rege o governo do presidente Lula, que superou o que vinha sendo feito no Brasil até a sua posse, em que você tinha que escolher parceiro. E nós não temos razão para fazer isso. O Brasil tem uma dimensão que impede você de ficar, de se anexar, de se deixar anexar por um dos três grandes blocos. O Brasil tem que se abrir", concluiu.

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