O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer na manhã desta terça-feira, 25, que o novo consignado para os trabalhadores privados será uma "revolução" por possibilitar o crédito com o mecanismo da garantia da folha de pagamentos, resolvendo problemas tecnológicos que não permitem essa oferta ampla nos dias atuais.
"Nós temos de folha, de aposentado e servidor público, R$ 100 bilhões. Ele alavanca R$ 600 bilhões de consignado, entre INSS e regime próprio. No caso do privado celetista, a folha é mais ou menos R$ 100 bilhões e ele alavanca R$ 40 bilhões. Por quê? Porque não está disponível o mecanismo de garantia, muito burocrático", disse Haddad, em Painel Cenário Econômico 2025 na CEO Conference 2025, organizada pelo BTG Pactual.
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Para Haddad, os novos empréstimos com custo mais barato também podem abrir um "nova avenida" de empreendedorismo no Brasil, que o ministro chamou de "terra de empreendedores".
O mesmo avanço pode acontecer com a possibilidade de microempreendedores usarem a receita do Pix como garantia no crédito, medida já em estudo pelo Ministério da Fazenda, mencionou.
O chefe da equipe econômica ainda citou que fez um apelo para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), designar um relator para o projeto que trata da consolidação legal das infraestruturas do mercado financeiro, já aprovado na Câmara no ano passado.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o destravamento da proposta é uma das apostas da Fazenda para o pós-carnaval.
"Uma democratização do crédito pode fazer muita diferença no Brasil, que é uma terra também de empreendedores. Nós temos muitos trabalhadores, mas nós temos muita gente que quer empreender e fica limitado pelas altas taxas de juros", disse Haddad.
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