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Haddad diz levar recado político, econômico e ambiental a Davos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 16, que a ansiedade de investidores e empresários em relação ao novo governo será controlada com a implementação de medidas que já foram anunciadas durante a campanha do presidente da Re

Aline Bronzati, enviada especial (via Agência Estado)

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Escrito por Aline Bronzati, enviada especial (via Agência Estado)
Publicado em 16.01.2023, 13:43:00 Editado em 16.01.2023, 13:47:23
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 16, que a ansiedade de investidores e empresários em relação ao novo governo será controlada com a implementação de medidas que já foram anunciadas durante a campanha do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. "É uma ansiedade que será naturalmente controlada pelo fato de que as medidas que estão sendo tomadas vão na direção que o presidente Lula já anunciou na campanha", disse Haddad, ao chegar em Davos, onde participará do Fórum Econômico Mundial.

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Ele afirmou que dará três recados a empresários e investidores nos Alpes suíços: político, após os atos antidemocráticos em Brasília; retomada econômica com sustentabilidade fiscal e social e o meio ambiente. A viagem a Davos é sua primeira viagem internacional como ministro da Fazenda do governo Lula.

Segundo Haddad, em primeiro lugar, ele vai reforçar o compromisso do Brasil em dar suporte a jornadas democráticas no mundo, sobretudo, na América do Sul, e o combate a todo tipo de extremismo. Também vai aproveitar a elite financeira global para falar sobre a agenda econômica, na qual o governo Lula defende a retomada do crescimento com sustentabilidade fiscal, ambiental e justiça social. E, por fim, ao lado da ministra do meio ambiente, Marina da Silva, irá enfatizar a sustentabilidade ambiental.

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"A sustentabilidade ambiental ganhou uma dimensão na qual o Brasil tem muito a oferecer não apenas em termos da retomada de compromissos históricos como combate ao desmatamento e energia renovável, mas também na pauta do desenvolvimento podemos pensar na reindustrialização do Brasil com base na sustentabilidade", afirmou Haddad.

Sobre a viagem da comitiva brasileira a Davos e o seu posicionamento após os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília, o ministro da Haddad disse que as instituições brasileiras deram uma "resposta muito imediata". "No dia seguinte, houve uma intervenção na segurança do Distrito Federal, o afastamento judicial do governador, a visaria dos 27 governadores que se reuniram com os três poderes em um compromisso com a Constituição e a agenda democrática deu uma resposta muito rápida. Em 24 horas, a coisa estava sob controle", lembrou, mencionando ainda o repúdio popular pela maioria da população brasileira. "Não é uma coisa trivial", reforçou.

Com essa reposta, o Brasil deu uma sinalização de "muita maturidade institucional", na sua visão.

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Em Davos, Haddad terá mais de 12 encontros em dois dias. Segundo ele, serão reuniões muito rápidas e com uma frequência enorme. Depois dos atos antidemocráticos em Brasília, o pedido de convites ao ministro se multiplicou, passando de 50 e vindo de diversos países, conforme fontes.

O ministro deve se encontrar com investidores, empresários e figuras públicas e participará ainda de um encontro promovido pelo Itaú Unibanco e outro pelo BTG Pactual, na terça, dia 17.

Ele embarcou do Brasil no domingo, dia 15, com destino à Suíça, e chegou por volta das 13h40 em Davos, no horário local (9h40 no horário de Brasília).

Haddad terá ao menos dois compromissos em seu primeiro dia no Fórum Econômico Mundial. Primeiro, participa de encontro com o chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner, às 18h30 no horário local, 14h30 em Brasília. Na sequência, o ministro terá reunião com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn. O encontro está agendado às 19 horas, de Davos, 15 horas de Brasília.

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