O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 9, que a cada momento que as medidas do pacote fiscal são esclarecidas há uma maior compreensão de que as propostas são "razoáveis". Ele deu a declaração ao ser questionado sobre o risco de o próprio Partido dos Trabalhadores (PT) desidratar o pacote enviado pelo governo. "A cada momento que se esclarece os números e o porquê das medidas, se compreende que nós estamos falando de coisas razoáveis. Colocar ordem em cadastro, adequar o perfil do beneficiário à intenção do legislador, isso são coisas muito razoáveis", disse Haddad a jornalistas.
O ministro pediu compreensão de que fortalecimento das regras aprovadas pelo próprio Congresso é necessário para passar ao País, investidores e trabalhadores a "credibilidade" que fará com o que o preço dos ativos volte a um patamar normal. Disse ainda que espera "especialmente" o apoio do PT para caminhar com as medidas apresentadas. "É claro que sim, especialmente", respondeu.
Haddad foi questionado também se haverá flexibilizações na proposta de ajuste do Benefício de Prestação Continuada (BPC), alvo de preocupações do PT. Haddad apenas declarou que integrantes do governo já estão conversando com a bancada para explicar as medidas. "O senador Wellington já foi à bancada falar em nome do governo. Hoje mesmo, acho que o Guilherme Mello está comparecendo junto com o Dario Durigan. Eu estou indo à reunião com o presidente Pacheco. As coisas vão sendo esclarecidas e vai se compreendendo que é preciso, esses passos precisam ser dados" afirmou.
Sobre o projeto de lei que aperta as regras de seguridade dos militares, o ministro contou que o texto continua na Casa Civil, debatido ainda hoje pela manhã. "Estamos aguardando uma orientação", disse.
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