MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Haddad defende BC e rebate críticas feitas à decisão de corte da Selic em 0,50 p.p.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu nesta sexta-feira, 4, em defesa do Banco Central (BC), especialmente à sua decisão de cortar a Selic em 0,5 ponto porcentual (p.p.), de 13,75% para 13,25% ao ano, na quarta-feira, 2. Ele rebateu críticas de set

Francisco Carlos de Assis, Daniel Tozzi Mendes e Marianna Gualter (via Agência Estado)

·
Escrito por Francisco Carlos de Assis, Daniel Tozzi Mendes e Marianna Gualter (via Agência Estado)
Publicado em 04.08.2023, 15:28:00 Editado em 04.08.2023, 15:31:57
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu nesta sexta-feira, 4, em defesa do Banco Central (BC), especialmente à sua decisão de cortar a Selic em 0,5 ponto porcentual (p.p.), de 13,75% para 13,25% ao ano, na quarta-feira, 2. Ele rebateu críticas de setores do mercado financeiro, que atribuiu a turbulência da quinta-feira, 3, nos mercados à medida doméstica de política monetária.

continua após publicidade

Na verdade, de acordo com o ministro, a instabilidade da quinta-feira teve como origem uma turbulência no mercado norte-americano de títulos que refletiu em vários países e não só no Brasil. Afetou, segundo Haddad, as economias do México, África do Sul, e outros.

"Todo mundo sofreu o abalo da colocação do volume expressivo de títulos americanos no longo prazo. Isso gerou uma turbulência ontem que na minha opinião, indevidamente, foi atribuída à decisão correta que o Banco Central tomou de cortar 0,50 ponto da taxa de juro que é a mais alta do mundo. Então vamos ter um pouco de cautela nas análises porque hoje o dólar, que subiu 2% ontem, já caiu 1% e, às vezes a gente se deixa levar por um dia de turbulência", rebateu ele, que cumpre agenda na capital paulista.

continua após publicidade

O ministro disse que a mesma coisa está acontecendo com mercado de petróleo. De acordo com ele, toda vez que a Arábia Saudita corta sua produção, o preço sofre uma oscilação. "E aí as pessoas começam a especular sobre se a Petrobras vai aumentar os preços em função de um aumento de uma semana que o petróleo teve e não deixam os preços do petróleo se acomodarem. Quando você corta um milhão de barris por dia da produção de petróleo, afeta uma semana o preço. Depois de uma semana o preço do petróleo volta a acomodar e a Petrobras não pode mais, como fez no passado, tomar decisões com base na volatilidade do mercado", afirmou.

De acordo com Haddad, um dos compromissos deste governo é não deixar ser levado por volatilidades de curto prazo e fazer as projeções de preços dos combustíveis no Brasil à luz do que é concreto, do que é real, e não do que é meramente especulativo.

O ministro fez questão de ressaltar que não tem falado diariamente com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Logo, disse ele, "o governo não tem ingerência nenhuma sobre a política de preços da Petrobras. É uma empresa autônoma, que tem sua governança interna, mas eu acompanho dia a dia a evolução disso porque isso tem impacto na política econômica".

continua após publicidade

Segundo o ministro, muitas vezes a questão do lucro da empresa está associada a questões internacionais. "Leve em consideração a rentabilidade das outras petroleiras, por exemplo. Uma série precisa ser vista. Uma realidade é a do governo anterior, você teve uma guerra, teve uma mudança consistente de patamar dos preços internacionais. Outra é uma com taxas e juros tão altas e as commodities com tendência de baixa. E às vezes uma ação de um grande produtor, como a Arábia Saudita, para tentar arrefecer uma tendência que tem sido constante desde que os juros passaram a se elevar no mundo inteiro e em particular na Europa e Estados Unidos", pontuou.

Conforme Haddad, é preciso que haja um pouco de cautela porque, pois às vezes passa uma turbulência que é externa e que não vai perdurar como se fosse uma coisa estrutural e que está sendo acompanhada pelo governo federal e pelo Ministério da Fazenda diariamente.

"Não é que não possa acontecer algo; pode acontecer, mas nós precisamos ter um pouco mais de cautela e prever as consequências de uma turbulência de uma semana na política econômica que vai manter o seu rumo. Então eu queria aqui elogiar, mais uma vez, a decisão do Copom", disse ele, acrescentando que não se deve minar as condições de retomada de curto prazo na atividade econômica.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Haddad defende BC e rebate críticas feitas à decisão de corte da Selic em 0,50 p.p."

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!