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Haddad: Copom foi surpresa, por um lado, mas por outro tinha precificação nesse sentido

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concordou nesta quarta-feira, 11, que a decisão do Banco Central de aumentar a taxa Selic em um ponto porcentual, para 12,25% ao ano, foi uma surpresa, mas apenas "por um lado", segundo ele, uma vez que já havia pre

Amanda Pupo (via Agência Estado)

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Escrito por Amanda Pupo (via Agência Estado)
Publicado em 11.12.2024, 20:21:00 Editado em 11.12.2024, 20:29:26
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concordou nesta quarta-feira, 11, que a decisão do Banco Central de aumentar a taxa Selic em um ponto porcentual, para 12,25% ao ano, foi uma surpresa, mas apenas "por um lado", segundo ele, uma vez que já havia precificação no sentido de um aperto monetário maior.

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"Foi surpresa por um lado, mas por outro tinha uma precificação nesse sentido. Vou olhar com calma, vou analisar o comunicado, vou falar com algumas pessoas, depois do período de silêncio", respondeu Haddad a jornalistas ao deixar o prédio da Fazenda na noite desta quarta.

A fala sobre o Copom foi breve. O ministro lembrou que usualmente não comenta as decisões da autoridade no dia do comunicado.

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Ele também foi questionado se entendia que o efeito do pacote fiscal teria pesado na decisão da autoridade monetária, pela avaliação do mercado de que as medidas seriam insuficientes. Nesse momento, Haddad respondeu que ainda hoje o relatório de um "grande banco" já se aproximou do impacto de economia calculado pelo governo sobre as iniciativas propostas ao Congresso.

O ministro argumentou também que, para enviar o pacote, o governo considerou o que seria adequado e viável politicamente - e que ainda tem um difícil processamento pelo Congresso.

"Hoje saiu um relatório de um grande banco aproximando os cálculos dos nossos. E ainda com vários pontos pendentes, que não foram considerados. E que se tivessem sido considerados já chegariam mais perto de R$ 65 bilhões nos dois anos. E vocês veem como esse tipo de coisa é difícil de processar no Congresso Nacional", disse.

"Mandamos ajuste que nós consideramos adequado e viável politicamente. Você pode mandar o dobro pra lá, mas o que vai sair é o que importa. Então nós procuramos calibrar o ajuste para as necessidades de manutenção da política fiscal", acrescentou o ministro, reforçando que, do ponto de vista fiscal, a equipe persegue as metas estabelecidas há um ano.

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