O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu nesta quinta-feira, 13, que a pasta e a equipe do Planejamento estão absolutamente sintonizadas sobre a agenda revisão de gastos, após ser questionado se concordava com as medidas citadas na quarta-feira pela ministra Simone Tebet, como a revisão de regras de benefícios como seguro-desemprego e BPC. Ao lado de Tebet, Haddad afirmou também que os gastos primário, tributário e o gasto financeiro "do Banco Central" precisam ser revistos, avaliando que, quanto mais essas despesas estiverem caindo, "melhor para o Brasil".
"O fato de que a Fazenda cuida mais da receita e o Planejamento mais da despesa não significa que não estejamos trocando impressões sobre viabilidade das propostas toda hora. As equipes estão o tempo todo endereçadas em relação a isso. Para nós, tudo facilita. Tudo o que puder ser feito de um lado de outro, facilita. Gasto primário tem que ser revisto, gasto tributário tem que ser revisto, e gasto financeiro do Banco Central também. Quanto mais esses três gastos estiverem caindo, melhor para o Brasil, desde que a população esteja sendo atendida nos direitos fundamentais e o investimento esteja acontecendo para melhorar a produtividade da economia brasileira", disse o ministro à imprensa.
Haddad também argumentou que a agenda de revisão de gastos está ganhando "tração ao longo do tempo", cada vez maior, segundo o ministro, lembrando que esse foi o tema da reunião entre ele e Tebet nesta quinta.
O ministro também vê um Congresso disposto a "lançar" o tema, destacando propostas para rever supersalários e corrigir benefícios.
"Congresso está muito disposto a lançar, tem dito, isso, nós queremos também rever gasto primário, estamos dispostos a cortar privilégios, já voltou a tona vários temas que estão sendo discutidos, de novo, o que é bom, como supersalários, correção de benefícios que estão sendo praticados ao arrepio da lei, melhoria dos cadastros, tudo isso voltou à mesa. E achamos que é ótimo isso acontecer, porque vai facilitar os trabalhos de equilibrar as contas", disse Haddad.
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