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Há cerca de US$ 1 tri em dívida oculta global, o que prejudica economias, destaca FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) nota que, segundo algumas estimativas, a dívida oculta global está em cerca de US$ 1 trilhão, e acrescenta que isso é um fator negativo para as economias. Artigo de Alissa Ashcroft, Karla Vasquez Suarez e Rhoda Weeks-

Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)
Publicado em 02.04.2024, 17:11:00 Editado em 02.04.2024, 17:15:25
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) nota que, segundo algumas estimativas, a dívida oculta global está em cerca de US$ 1 trilhão, e acrescenta que isso é um fator negativo para as economias. Artigo de Alissa Ashcroft, Karla Vasquez Suarez e Rhoda Weeks-Brown, publicado no blog da instituição, explica que essa dívida é aquela pela qual um governo é responsável, mas que não foi revelada para os cidadãos ou outros credores.

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O trio de autoras argumenta que essas obrigações não reveladas não são grandes, caso se compare com a dívida pública global que supera US$ 91 trilhões, mas acrescenta que ela representa uma ameaça crescente a países de baixa renda, já bastante endividados e com necessidades anuais de financiamento que triplicaram em anos recentes. "O problema é ainda mais premente em meio a taxas de juros mais elevadas e crescimento econômico mais fraco", adverte o texto.

A falta de informação precisa sobre a extensão desses empréstimos, além disso, eleva o risco de corrupção.

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O FMI afirma que essas consequências potencialmente negativas podem ser evitadas com o fortalecimento de parâmetros legais domésticos. Há um novo paper das autoras do Fundo, The Legal Foundations of Public Debt Transparency: Aligning the Law with Good Practices, que traz conclusões de uma pesquisa em 60 países para examinar vulnerabilidades e lacunas nas leis nacionais que prejudicam a transparência.

Em muitos países, uma definição restrita de dívida pública, em uma ou várias legislações, permite que algumas formas de dívida soberana escapem ao monitoramento, afirmam as autoras.

O FMI defende que a definição de dívida pública seja abrangente, cobrindo ainda fundos orçamentários extras e veículos de propósito especial, por exemplo. O Equador é apontado como bom exemplo, nesse contexto, por uma reforma jurídica em 2020 para garantir que instrumentos de financiamento de curto prazo sejam incluídos nos cálculos de dívida.

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Outros exemplos incluem as definições legais usadas em Gana, Jamaica, Ruanda, Tailândia e Vietnã.

Uma base legal forte é crucial para que exista a divulgação de dados claros e abrangentes, com transparência nessa frente, afirmam as autoras. Já a confidencialidade se choca diretamente com a transparência, advertem.

Entre as autoras, Ashcroft é conselheira sênior na Divisão Fiscal e de Legislação Financeira do Departamento Legal do FMI. Vasquez Suarez é também conselheira sênior no mesmo departamento, enquanto Weeks-Brown é conselheira geral e diretora do Departamento Legal.

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