Após elevar a estimativa de taxa de juros real neutra de 4,0% para 4,5% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, avaliou que as comunicações da autoridade monetária sobre o tema foram "bem transparentes".
"Foram três ou quatro reuniões em que discutimos se íamos ou não subir a taxa neutra", destacou em palestra no Fórum Anual de Economia e Cooperativismo de Crédito.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, o BC publicou um boxe com um panorama internacional das taxas de juros neutras e outro estudo com diversos modelos de medidas de taxa de juros real neutra no Brasil.
"A conclusão é que você precisa de uma taxa mais elevada para manter a inflação em equilíbrio e o produto potencial. A taxa de juros atualmente é contracionista, o que é inegável", completou.
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