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Guedes: estamos lutando contra pandemia; inflação cederá em 2022

O ministro da Economia, Paulo Guedes, imagina que a taxa de inflação brasileira começará a descer no ano que vem. Em sua avaliação, a pandemia de coronavírus criou uma "economia de guerra" no mundo inteiro. "É a inflação mais alta dos últimos 30 anos nos

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.12.2021, 12:00:00 Editado em 11.12.2021, 12:08:20
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, imagina que a taxa de inflação brasileira começará a descer no ano que vem. Em sua avaliação, a pandemia de coronavírus criou uma "economia de guerra" no mundo inteiro. "É a inflação mais alta dos últimos 30 anos nos Estados Unidos, China, Alemanha, e o Brasil também sofreu", disse, ontem, em entrevista exclusiva ao Opinião No Ar da Rede TV.

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No mesmo dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a 0,95% em novembro, ante 1,25% em outubro. Apesar do arrefecimento o resultado foi o mais elevado para novembro desde 2015 (1,01%). Além disso, a taxa acumulada em 12 meses foi a 10,74%, bem acima do teto da meta deste ano (5,25%). No Focus, a projeção mediana para IPCA em 2021 está em 10,18% e para 2022, em 5,02%, também acima da banda superior do ano que vem (5,25%).

De acordo com Guedes, o governo ainda está lutando para combater os efeitos da pandemia, protegendo 68 milhões de brasileiros, "as camadas mais vulneráveis". Em sua visão, esses impactos estão ficando para trás. "O Brasil realmente saiu em 'V' crescimento em forma de 'V', caiu menos que o esperado. O Brasil se levantou. Agora, a inflação está aí como um legado, um efeito desastroso da pandemia", afirmou, acrescentando que em 2021 o déficit primário em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) cederá de 10% para 1%, enquanto a economia crescerá 5%.

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Há poucos dias de o Comitê de Política Monetária (Copom) ter elevado a taxa Selic de 7,75% para 9,25% e indicar novo ajuste de 1,50 ponto porcentual em fevereiro, o ministro limitou-se a fazer comentários e apenas saiu em defesa do Banco Central (BC). "O Banco Central está jogando na defesa, subindo o juro para conter essa onda inflacionária. Nós imaginamos 'que a inflação comece a descer o ano que vem", estimou.

"No mundo inteiro é responsabilidade do Banco Central o combate à inflação. Então, o ministro da Fazenda não pode comentar. Até porque ele é oficialmente independente. Aliás, o governo este foi o primeiro que teve a coragem de despolitizar a política monetária. Há vários casos de gente que tentou a reeleição manipulando o Banco central. É a primeira vez que o governo tem a coragem de despolitizar a moeda", afirmou.

Na opinião de Guedes, a função do BC é justamente tomar conta do poder de compra do salário, das aposentadorias, da poupança e não ficar "falsificando" resultados eleitorais.

O ministro acredita que o Brasil será capaz de fazer a transição de uma economia de "guerra" para uma de "mercado", vigorosa e com investimentos privados acontecendo, em suas palavras. Para se ter uma ideia, citou, o governo tem R$ 700 bilhões contratados em investimentos para os próximos oito, dez anos nos setores de gás natural, petróleo, saneamento, setor elétrico, cabotagem, ferrovias e aeroportos. "O Brasil está com um crescimento contratado, mas vai sofrer um pouco por causa desse combate à inflação", diz.

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