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Governo defenderá interesses de produtores junto aos EUA e avaliará ações, inclusive OMC

O governo brasileiro afirmou nesta quarta-feira, 12, que buscará defender os interesses dos produtores de aço e alumínio nacionais junto à gestão norte-americana, em coordenação com o setor privado, na primeira nota oficial sobre a decisão dos Estados U

Amanda Pupo (via Agência Estado)

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Escrito por Amanda Pupo (via Agência Estado)
Publicado em 12.03.2025, 16:39:00 Editado em 12.03.2025, 16:46:18
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O governo brasileiro afirmou nesta quarta-feira, 12, que buscará defender os

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interesses dos produtores de aço e alumínio nacionais junto à gestão norte-americana, em coordenação com o setor privado, na primeira nota oficial sobre a decisão dos Estados Unidos de taxar a importação desses produtos em 25%, alíquota que passou a valer a partir desta quarta. No comunicado conjunto do Ministério de Relações Exteriores (MRE) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Executivo disse que avaliará todas as possibilidades de ação no campo do comércio exterior, com vistas a enfrentar os "efeitos nocivos" das medidas norte-americanas, bem como defender

os "legítimos interesses nacionais", inclusive junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).

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Essas análises serão feitas em reuniões já previstas para as próximas semanas, informou o governo brasileiro, que lamentou a imposição tarifária dos norte-americanos e chamou atenção para o impacto "significativo" que a medida terá sobre exportações brasileiras de aço e alumínio para os EUA, que, em 2024, foram da ordem de US$ 3,2 bilhões.

Para o Itamaraty e a pasta comandada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, a decisão da gestão de Donald Trump é injustificável e equivocada, principalmente pelo histórico de cooperação e integração econômica entre os dois países.

"Em defesa das empresas e dos trabalhadores brasileiros e em linha com seu tradicional apoio ao sistema multilateral de comércio, o governo brasileiro considera injustificável e equivocada a imposição de barreiras unilaterais que afetam o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos (...) Segundo os dados do governo estadunidense, os EUA mantêm um superávit comercial de longa data com o Brasil, que foi, em 2024, da ordem de US$ 7 bilhões, somente em bens", destacaram os ministérios, que comandam as conversas bilaterais com representantes dos Estados Unidos sobre o tema.

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O governo brasileiro também lembrou que, no caso do aço, as indústrias do Brasil e dos Estados Unidos mantêm, há décadas, relação de complementaridade "mutuamente benéfica", já que o País é o terceiro maior importador de carvão siderúrgico dos EUA (US$ 1,2 bilhão) e o maior exportador de aço semiacabado para os americanos (US$ 2,2 bilhões, 60% do total das importações dos EUA). O insumo é essencial para a própria indústria siderúrgica norte-americana, aponta a nota.

"À luz do impacto efetivo das medidas sobre as exportações brasileiras, o governo do Brasil buscará, em coordenação com o setor privado, defender os interesses dos produtores nacionais junto ao governo dos Estados Unidos", declararam o MDIC e o MRE.

Mais cedo, Alckmin já havia feito uma declaração na mesma linha, ao lamentar a decisão dos EUA e colocar a continuidade do diálogo como a primeira disposição do governo brasileiro. O vice, por sua vez, também não descartou o acionamento da OMC contra a taxação, ao ser perguntado sobre este eventual movimento do Brasil. "Essa é uma possibilidade. Nós defendemos multilateralismo, complementação econômica, e a OMC existe para isso, estabelecer regras gerais que devem ser para todos", afirmou.

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