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Governo de SP fixou em junho preço mínimo de R$ 63,56 por ação para vender Sabesp

O governo de São Paulo fixou o preço mínimo de R$ 63,56 para a ação da Sabesp no processo de privatização. Este preço foi definido em reunião extraordinária na tarde de 20 de junho, antes da oferta pública ir para o mercado, e só ficou público nesta quart

Altamiro Silva Junior (via Agência Estado)

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Escrito por Altamiro Silva Junior (via Agência Estado)
Publicado em 24.07.2024, 08:51:00 Editado em 24.07.2024, 08:56:15
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O governo de São Paulo fixou o preço mínimo de R$ 63,56 para a ação da Sabesp no processo de privatização. Este preço foi definido em reunião extraordinária na tarde de 20 de junho, antes da oferta pública ir para o mercado, e só ficou público nesta quarta-feira, 24, após a liquidação da operação que privatizou a empresa.

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A oferta pública só iria continuar se o investidor de referência fizesse uma proposta de preço acima desse valor, que só era conhecido naquele momento pelos conselheiros que participaram da reunião. E a Equatorial, único investidor a apresentar proposta para ficar comprar 15% da Sabesp, propôs o preço de R$ 67, na época criticado por partidos de esquerda por estar abaixo do preço de tela da ação da empresa de saneamento na B3, onde era negociada na casa dos R$ 74.

Ainda entre as condições para que a oferta fosse concluída, o governo paulista fixou que era preciso ordens de ao menos 20 investidores institucionais na oferta global, o que acabou sendo bastante superando, pois cerca de 310 fizeram ofertas.

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Outra condição era uma cobertura mínima de pouco mais de uma vez - 1,33x - no livro de ofertas, o que também acabou sendo amplamente superado, pois a demanda chegou a superar mais de 12 vezes o livro, chegando a R$ 187 bilhões.

Na cerimônia de encerramento nesta terça-feira. 23, na B3 do processo de privatização, o governador Tarcísio de Freitas defendeu o preço pago pela Equatorial na oferta, alegando que estava bem acima do que quando a privatização começou, há 18 meses. Em 2022, o preço do papel foi de R$ 33 a R$ 46, só começando a subir de fato após as eleições daquele ano e a expectativa pela privatização, quando chegou a R$ 51.

"Essa narrativa da esquerda não nos preocupa", disse o governador de São Paulo. "Do ponto de vista financeiro, valeu muito a pena para o Estado", completou.

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"Atingimos nosso objetivo e o alcance financeiro foi maior do que o esperado", disse a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do governo de SP, Natália Resende, que estava na reunião que definiu o preço mínimo, em 20 de junho.

"Foi reforçado a todos os membros presentes que o preço mínimo da ação, a cobertura mínima e o número de mínimo de intenções de investimento deverão ter caráter RESERVADO (sic) e não poderão ser divulgados antes da liquidação da Oferta Pública", comenta a ata da reunião do dia 20, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo nesta quarta-feira. "A não divulgação do preço mínimo também busca resguardar os interesses do Estado na medida em que evita que os investidores balizem suas ofertas convergindo para o preço mínimo."

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