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Governo articula plano para barrar aumento do Auxílio Brasil na Câmara

O governo já montou uma estratégia para impedir a tentativa, articulada por parlamentares de oposição, de aumentar o valor do Auxílio Brasil para R$ 600. Incentivada por ministros do primeiro escalão, como Ciro Nogueira (Casa Civil) e Célio Faria (Secreta

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.04.2022, 08:06:00 Editado em 22.04.2022, 08:12:26
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O governo já montou uma estratégia para impedir a tentativa, articulada por parlamentares de oposição, de aumentar o valor do Auxílio Brasil para R$ 600. Incentivada por ministros do primeiro escalão, como Ciro Nogueira (Casa Civil) e Célio Faria (Secretaria de Governo), a ideia é deixar a medida provisória que complementa os pagamentos do programa caducar e, em seguida, editar um decreto para fixar o benefício em R$ 400 até o fim de 2022.

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Se, por um lado, o Palácio do Planalto conta com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), para a manobra no Congresso, por outro o aliado do governo quer manter as pontes com a oposição e prometeu pautar a MP - que perde validade em 16 de maio - em plenário na semana que vem. Lira chegou a afirmar que "risco sempre tem", em referência à possibilidade de o aumento passar no Congresso. No entanto, ele defende que a votação seja feita com "responsabilidade".

Apesar de enxergar possíveis ganhos políticos de ter o Auxílio Brasil em R$ 600 no ano em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai disputar a reeleição, a ala política do Executivo reconhece que não há espaço no Orçamento federal para conceder um benefício naquele valor, que encontraria resistência de integrantes da equipe econômica.

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Auxiliares palacianos dizem nos bastidores ver a pressão pelo aumento do benefício como uma forma de "implodir o governo".

Desgaste político

O medo do Palácio do Planalto é o Congresso inserir no texto do Auxílio Brasil a elevação de R$ 400 para R$ 600 e obrigar o presidente Jair Bolsonaro a vetar a mudança, por conta da falta de recursos no Orçamento. Esse veto poderia gerar desgaste político para o presidente, pré-candidato à reeleição, e ainda ser derrubado por parlamentares.

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Apesar de ter no Legislativo uma ampla base governista, que cresceu ainda mais na janela partidária, o Executivo considera que até deputados aliados poderiam votar com a oposição para não ganharem a pecha de "inimigos do aumento do auxílio" em ano eleitoral. Este é mais um motivo para driblar o Congresso e impedir a votação da MP, segundo defende um auxiliar do Planalto

A oposição, mesmo correndo o risco de dar a Bolsonaro um ganho eleitoral, está disposta a defender o benefício de R$ 600, por meio da aprovação de uma emenda à MP. Na visão de parlamentares de esquerda, a "paternidade" da benesse no imaginário da população dependeria da narrativa que se mostrar mais eficaz.

Até o momento, foram apresentadas 51 emendas à MP. As sugestões de mudança no texto protocoladas por partidos de oposição, como PT, PSOL, PSB, PCdoB e PDT, incluem, além de elevar o valor do Auxílio Brasil para R$ 600, tornar o benefício permanente. Da forma como foi editada pelo governo, a medida só prevê o pagamento de R$ 400 até o fim de 2022.

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O recente ganho de fôlego político do chefe do Executivo, com alta das intenções de voto nas pesquisas eleitorais, é atribuído, em parte, ao pagamento do benefício, que substituiu o Bolsa Família - criado nos governos do PT, rival do governo nas urnas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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