O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, disse que a inflação moderada em junho, divulgada na semana passada, o deixou mais confiante de que as pressões sobre os preços estão diminuindo de uma forma que respalda a redução das taxas de juros. Em entrevista, ele disse estar preocupado com o fato de a manutenção das taxas contribuir para uma postura indevidamente restritiva, porque a cada novo mês em que a inflação é mais baixa, a taxa de juro de curto prazo ajustada pela inflação aumenta.
Goolsbee disse que o Fed está apertando as condições. O dirigente afirmou que o BC dos EUA definiu as taxas de juros quando a inflação era superior a 4%, e que a inflação está agora em torno de 2,5%. Isso implica que o Fed apertou bastante as condições monetárias desde que as taxas de juros estão mantidas no patamar atual. Goolsbee votará na reunião de política monetária de julho, porque Loretta Mester, ex-presidente do Fed de Cleveland, se aposentou no mês passado.
Segundo Goolsbee, não faz sentido para o Fed continuar com uma política de taxas mais restritivas, porque a economia já não corre o risco de sobreaquecimento. O desemprego, diz ele, está aumentando, as contratações, diminuindo e cresce a inadimplência de certas dívidas dos consumidores. Para Goolsbee, a intenção é só manter as taxas restritivas pelo tempo que for necessário, e não parece haver um superaquecimento da economia.
Goolsbee não quis afirmar se o Fed deveria cortar as taxas em julho ou esperar até setembro. Ele disse que a política monetária é influenciada menos pelo fato do que é feito hoje ou daqui a seis semanas, e mais pela forma como o Fed molda as expectativas mais amplas.
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