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Gleisi diz que alta da Selic estava determinada e 'não restou muita alternativa' a Galípolo

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou o aumento de 1 ponto porcentual na taxa Selic promovido pelo Banco Central nesta quarta-feira, 29. Mas poupou o novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, que foi indicado pelo pre

Cícero Cotrim e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)
Publicado em 29.01.2025, 20:36:00 Editado em 29.01.2025, 20:46:16
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A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou o aumento de 1 ponto porcentual na taxa Selic promovido pelo Banco Central nesta quarta-feira, 29. Mas poupou o novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a petista, o novo chefe do BC não teve alternativa a não ser elevar os juros, em um movimento que estava determinado.

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"O novo aumento da taxa básica de juros, já determinado desde dezembro pela direção anterior do Banco Central e anunciado hoje, é péssimo para o País e não encontra qualquer explicação nos fundamentos da economia real", afirmou Gleisi, no X (antigo Twitter). "Neste momento sabemos que não resta muita alternativa ao novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. Restam desafios para reposicionar as expectativas do mercado e a orientação da instituição que dirige."

O Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%, na primeira reunião sob o comando oficial de Galípolo, que tomou posse como presidente do BC no último dia 1º. Uma elevação desta magnitude já havia sido sinalizada em dezembro, quando a autarquia ainda era comandada por Roberto Campos Neto.

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Na sua publicação, a presidente do BC disse que a elevação dos juros vai "tornar mais cara a conta da dívida pública, sufocar as famílias endividadas, restringir o acesso ao crédito e o crescimento da atividade econômica". Afirmou, também, que o aumento das expectativas de inflação no relatório Focus mostra que os agentes do mercado não acreditam na eficácia da política monetária contracionista para controlar o IPCA.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) fez coro à companheira nas redes sociais, em um texto ainda maior. Ele disse que a alta da Selic é um "desastre que pode provocar uma desaceleração excessiva da economia e terá um enorme impacto fiscal" e que é preciso superar o "legado desastroso" de Roberto Campos Neto.

"É inaceitável a armadilha criada por Roberto Campos Neto, que na última reunião do Copom, enquanto presidente do BC, tenha deixado contratados dois aumentos de 1 ponto porcentual na taxa Selic. Gabriel Galípolo não tinha muita alternativa de mudar essa rota, neste primeiro momento, sem criar uma grande crise. O grande desafio da nova gestão do BC é sair dessa armadilha e retomar uma política que permita conciliar o controle da inflação com a manutenção do crescimento econômico e a geração de empregos", criticou.

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