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Gestora brasileira Pátria levanta mais de R$ 3,2 bi ao abrir capital nos EUA

A gestora de private equity (que investe em participação de companhias) Pátria estreou nesta sexta-feira, 22, na bolsa norte-americana Nasdaq, após fazer sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que movimentou R$ 3,2 bilhões (US$ 588 milhões

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.01.2021, 07:32:00 Editado em 23.01.2021, 07:39:06
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A gestora de private equity (que investe em participação de companhias) Pátria estreou nesta sexta-feira, 22, na bolsa norte-americana Nasdaq, após fazer sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que movimentou R$ 3,2 bilhões (US$ 588 milhões). Com os recursos, a gestora brasileira mira mais crescimento, o que poderá envolver aquisições. A companhia estreou com um valor de mercado de mais de R$ 15 bilhões (US$ 2,8 bilhões) e ganhou, em apenas um dia, cerca de R$ 2,6 bilhões (US$ 476 milhões) - a ação encerrou o pregão com alta de 17%, a US$ 19,90.

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A forte valorização no primeiro dia é explicada pela elevada demanda na oferta, que chegou a superar em 14 vezes o volume que foi ofertado inicialmente, o que fez com que a gestora emplacasse na largada o preço de US$ 17 por sua ação - acima do intervalo previsto inicialmente. Do volume total, US$ R$ 1,7 bilhão (US$ 326 bilhões) veio da emissão primária e, por isso, foi para o caixa da gestora.

Sócio do Pátria, o gigante norte-americano Blackstone foi o vendedor na operação secundária do IPO e colocou R$ 1,4 bilhão (US$ 262 milhões) no bolso. Com isso, a participação do fundo na gestora caiu de 40% para 14,4%.

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O presidente e cofundador do Pátria, Alexandre Saigh, diz que a escolha pela abertura de capital nos Estados Unidos está relacionada ao alto desenvolvimento da indústria de investimentos alternativos no país. As maiores companhias dedicadas a esse setor são americanas, caso da KKR e da Blackstone. A listagem fora do Brasil também fez sentido considerando a meta de internacionalização da gestora.

Em uma estreia 100% virtual, como exigem os protocolos da pandemia de covid-19, o Pátria dividiu seus executivos em dois grupos. Cada um deles conduziu dez reuniões diárias com investidores. "De um lado, você ganha eficiência (com o IPO virtual), mas perde o lado humano", afirma Saigh, que acompanhou a abertura da Nasdaq a partir do escritório do Pátria, em São Paulo.

O cofundador e presidente do conselho de administração do Pátria, Olimpio Matarazzo, diz que a tendência de busca de investimentos como o private equity deve se intensificar em breve na América Latina, à medida que o juro nessa região permaneça baixo. "Essa indústria nos Estados Unidos cresceu muito com o juro muito baixo e nós imaginamos que a penetração dos investimentos alternativos na América Latina vai ser mito grande", prevê.

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As eventuais aquisições que podem entrar no radar devem ser focadas em duas áreas em que o Pátria acredita ter uma lacuna a preencher: no ramo imobiliário e no de crédito. No fim de setembro, o Pátria tinha US$ 12,7 bilhões em ativos sob gestão. Segundo Saigh, o Pátria entrou na pandemia com 85% da carteira de private equity em setores de saúde, alimentos e agronegócio - setores considerados apostas mais seguras pelo mercado financeiro.

Reclamação

Conhecido pela discrição, a um dia de precificar seu IPO, o Pátria virou assunto no mercado por conta de um de seus investimentos. O site Brazil Journal publicou reportagem sobre a insatisfação de investidores com a gestora.

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Conforme apurou o Estadão, o fundo de administração de shoppings, citado na reportagem, precisou de uma capitalização porque sua saúde financeira foi comprometida pela pandemia. Grande parte dos investidores acompanhou o aumento de capital, mas um grupo de menos de 10 cotistas decidiu não fazer o aporte e, por isso, teve a participação diluída. Esse grupo, insatisfeito com a decisão, entrou com uma reclamação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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