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Galípolo repete Campos Neto ao falar sobre gastos fiscais de países avançados, na pandemia

O diretor de Política Monetária do Banco Central e indicado à presidência da instituição a partir de 2025, Gabriel Galípolo, repetiu o que o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem dito para explicar os gastos fiscais de países avançados na pande

Gabriel Hirabahasi, Célia Froufe e Cícero Cotrim (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Hirabahasi, Célia Froufe e Cícero Cotrim (via Agência Estado)
Publicado em 08.10.2024, 12:35:00 Editado em 08.10.2024, 12:38:52
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O diretor de Política Monetária do Banco Central e indicado à presidência da instituição a partir de 2025, Gabriel Galípolo, repetiu o que o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem dito para explicar os gastos fiscais de países avançados na pandemia e o efeito sobre países emergentes.

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Galípolo disse concordar "integralmente" com o que vem defendendo Campos Neto e citou uma fala do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill durante sua fala.

"Sobre a questão da pandemia, existe uma correlação com o tema climático e com o custo da dívida. Durante a pandemia, Roberto Campos Neto tem dito em vários fóruns, e vou reproduzir a fala porque concordo integralmente: os países avançados fizeram um esforço fiscal maior que países emergentes ou de baixa renda para responder à pandemia. Imediatamente, começa a discussão sobre o processo inflacionário", disse o diretor.

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Galípolo observou que esse "é um grande debate global, o quanto aquele processo correspondia a um choque de oferta pela desarticulação das cadeias produtivas e dificuldade de produzir, e quanto correspondia a uma questão de demanda decorrente dos programas de transferência de renda e socorro por causa da pandemia".

"Existia essa discussão. Minha posição, eu recorro sempre quando tem esse debate a uma fala do Churchill, é que a verdade é uma adúltera, nunca está com uma pessoa só. Provavelmente você consegue encontrar explicações nos dois elementos. Não precisa ser um ou outro. Me parece que é um e outro", completou o diretor.

Segundo ele, após a pandemia os preços relativos se estabeleceram, mas a remuneração do trabalho "ficou relativamente defasada". Galípolo citou estudos, principalmente nos Estados Unidos, que tentam explicar por que a avaliação e popularidade do governo não acompanha o crescimento econômico.

"A sensação do cidadão é que está melhor que no ano passado, mas já tive mais poder de compra 10 anos atrás, cinco anos atrás. Se criar um ambiente para que a tentativa de correção da remuneração do trabalho repasse enquanto custo para quem contrata e consiga encontrar um ambiente de demanda aquecida suficiente para repassar para preço ao consumidor final, o poder aquisitivo não vai ser reposto para o trabalhador e pode inaugurar uma espiral inflacionária", disse o diretor.

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