MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Galípolo diz que proximidade de fim de guidance leva 'barco a balançar' um pouco mais

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quarta-feira, 12, que a proximidade do fim de guidance leva o "barco a balançar" um pouco mais, mas que o próximo passo do Comitê de Política Monetária (Copom) está dado. A autoridade monetária

Francisco Carlos de Assis e Célia Froufe (via Agência Estado)

·
Escrito por Francisco Carlos de Assis e Célia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 12.02.2025, 12:43:00 Editado em 12.02.2025, 12:49:16
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quarta-feira, 12, que a proximidade do fim de guidance leva o "barco a balançar" um pouco mais, mas que o próximo passo do Comitê de Política Monetária (Copom) está dado. A autoridade monetária se comprometeu com mais uma elevação de 1 ponto porcentual da taxa básica de juros, atualmente em 13,25% ao ano.

continua após publicidade

"É óbvio que, a partir do momento que a gente vai chegando próximo do fim do guidance, a gente vai se distanciando da costa, vamos dizer assim, e o barco tende a balançar um pouco mais", comentou Galípolo, durante seminário sobre Política Monetária Brasileira, promovido pelo Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças (IEPE/CdG), no Rio de Janeiro. "Você vai passando a ter espectros possíveis que são mais amplos, mas eu acho que a gente ainda precisa de tempo e estar com a nossa rota de planejamento até a próxima reunião bastante definida, e vamos ganhar tempo para poder ver como esses dados vão reagir - e o que é sinal e o que é ruído", continuou.

Galípolo relatou que chegou a ser questionado na terça sobre o motivo pelo qual o BC não decidiu por um aumento de 300 pontos-base numa só reunião, em vez da elevação de 1 ponto porcentual da Selic em dezembro, mais o comprometimento de que haveria mais duas altas da mesma magnitude na sequência.

continua após publicidade

Ele mesmo respondeu dizendo que o processo é dinâmico e que, às vezes, variáveis externas e internas podem ser alteradas no percurso. "Então você vai dando o antibiótico para o paciente a cada 12 horas para entender como é que o paciente vai reagindo e poder ter tempo para fazer esse tipo de análise", ilustrou.

O diretor enfatizou que o Banco Central não tem como seu mandato a meta de reduzir a volatilidade do mercado, mas salientou que seria bom que a autoridade monetária também não agregasse oscilações. "Entendo que é normal que o mercado tenha uma função de reação, que é obrigado a fazer: ele não pode ficar parado, ou vai ser totalmente arrastado de um lado e de outro", salientou, acrescentando, porém, que se o BC entrar em "estado de espelho", sem saber quem é ele e quem é o outro, fará reflexos que vão repercutir e amplificar esta volatilidade. "É bastante importante que o nosso tempo seja um tempo de poder analisar como esses dados vão se depurar e andar ao longo do tempo e não fique produzindo mudanças de direção de maneira muito brusca", concluiu.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

Deixe seu comentário sobre: "Galípolo diz que proximidade de fim de guidance leva 'barco a balançar' um pouco mais"

O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
Compartilhe! x

Inscreva-se na nossa newsletter

Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!