O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira, 6, que o corpo técnico do BC tem institucionalidade ao tratar os dados de expectativa de inflação, sem mudança alguma no peso que é dado a partir da pesquisa Focus. "Importante dizer que não está se dando peso diferente do que historicamente se deu as expectativas. Tem institucionalidade, corpo técnico sabe o valor da pesquisa e como ela colabora", afirmou Galípolo ao pontuar novamente que a desancoragem das expectativas tem incomodado a autoridade monetária, por existir uma dissonância entre essas previsões e a inflação corrente, classificada por ele como "benigna".
Ele também fez elogios a fala do presidente do BC, Roberto Campos Neto, feita mais cedo, que, para o diretor, conseguiu colocar com clareza os trade offs e as tendências consideradas pelo banco. "Há dissonância entre a inflação corrente que vem se apresentando benigna, por outro lado o tema das expectativas tem nos incomodado", apontou.
O diretor do BC ainda comentou que o mercado de trabalho se revela mais aquecido por "diversas métricas", mas que não foi encontrada uma relação entre esse diagnóstico e um repasse para a inflação ou salários.
Disse também que, embora os investidores tenham aumentado a preocupação com o aspecto fiscal do País recentemente, ele não vê uma mudança nas projeções.
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