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Galípolo afirma que quer ser ‘facilitador’ na relação do BC com a Fazenda

Indicado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, o atual secretário executivo do Ministério da Fazenda, afirmou nesta terça, 9, que pretende ser um facilitador da condução das políticas monetária e fiscal, fazendo o meio

Thaís Barcellos e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)

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Escrito por Thaís Barcellos e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)
Publicado em 10.05.2023, 08:45:00 Editado em 10.05.2023, 08:49:11
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Indicado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, o atual secretário executivo do Ministério da Fazenda, afirmou nesta terça, 9, que pretende ser um facilitador da condução das políticas monetária e fiscal, fazendo o meio de campo entre o BC e a Fazenda.

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Segundo ele, a boa relação com a diretoria da autoridade monetária, em especial com o presidente, Roberto Campos Neto, facilitaria a tarefa. "A minha missão no Banco Central é de ser facilitador de convergência entre o BC e a Fazenda", disse no número 2 da Fazenda à CNN. O BC tem autonomia, e suas decisões não são atreladas a qualquer ministério.

Galípolo se esquivou de fazer comentários sobre condução da política monetária, ainda mais com sua indicação para a autoridade monetária pendente da avaliação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado. "Seria pouco adequado dar algum tipo de pitaco", disse.

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Na mesma conversa, ele negou que a discussão de alterar meta de inflação levantada pelo governo tenha tido alguma vez objetivo "casuístico" de influenciar a taxa básica de juros, hoje em 13,75% e alvo de reclamações constantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus auxiliares.

"Em nenhum momento, foi colocado de maneira casuística, para tentar ver como poderia ser feito algum tipo de alteração, para ter objetivo específico na taxa de juros. É uma discussão que é contínua", afirmou em entrevista à CNN.

Segundo Galípolo, o debate envolve a Fazenda, o BC e o Ministério do Planejamento e trata de avaliação sobre a literatura e as melhores práticas internacionais para uma atualização do arcabouço de política monetária no Brasil.

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O número 2 da Fazenda disse que essa discussão envolve os parâmetros que estão sendo observados fora do País e o nível de indexação da economia brasileira. "O BC tem técnicos muito bem qualificados, que fazem essa discussão de forma profunda e contínua, olhando as melhores práticas ao redor do globo", disse.

Reação

O bom desempenho das commodities e as apostas em flexibilização da política monetária apoiaram o Ibovespa, que subiu pelo quarto dia seguido ontem. O índice terminou o dia em 107.113,66 (+1,01%), descolado das Bolsas de Nova York e na maior cotação de fechamento desde 23 de fevereiro. O dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,48%, cotado a R$ 4,9875, devolvendo parte da alta de 1,37% no pregão de anteontem.

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No entanto, as taxas dos contratos de juros futuros avançaram ontem puxadas pelo tom da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio (mais informações nesta página) e pelas declarações de Galípolo. Na comparação com o ajuste de segunda-feira, o contrato de DI para janeiro de 2024 avançou de 13,207% para 13,240%, mesmo movimento visto nos vencimentos para janeiro de 2025 (11,665% para 11,795%), 2027 (11,550% para 11,655%) e 2029 (11,951% para 12,050%). (COLABORARAM LUÍS EDUARDO LEAL, CÍCERO COTRIM e ANTONIO PEREZ)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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