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Fundadores da Tok&Stok propõem compra da Mobly

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A família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, manifestou intenção de formular uma oferta de aquisição de ações da Mobly, menos de um ano após a união das companhias, processo ao qual os fundadores se opuseram, mas foram vencidos.

Os termos da nova proposta foram oficializados por meio de uma carta enviada à companhia na última sexta-feira, segundo comunicado ao mercado. O documento, assinado por Régis Edouard Alain Dubrule, Ghislaine Thérèse de Vaulx Dubrule e Paul Jean Marie Dubrule, diz que a intenção é obter o controle da companhia e até 100% do capital.

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A oferta pública de ações (OPA) proposta prevê a aquisição da totalidade das ações da Mobly (122.763.403), com o preço de R$ 0,68 por ação. O valor é 51% menor do que o do fechamento do papel na última sexta-feira (R$ 1,35). Por causa do carnaval, a Bolsa não funcionou ontem, e deve reabrir apenas amanhã às 13h. Com o preço proposto, a operação somaria cerca de R$ 83,4 milhões.

"Os potenciais ofertantes têm a convicção de que o sucesso da OPA beneficiará a Mobly, a Tok&Stok e todos os stakeholders (públicos de interesse) das referidas companhias - inclusive os atuais acionistas que optarem por vender suas ações no leilão da OPA, assegurando-lhes liquidez ao seu investimento", afirmam.

CONTESTAÇÃO

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Em agosto de 2024, a Mobly anunciou acordo com a gestora SPX, controladora da Tok&Stok, para assumir o controle da companhia. A combinação criou um gigante no mercado de móveis e decoração, com receita anual estimada de R$ 1,6 bilhão. Contudo, o negócio não foi bem recebido pela família fundadora da Tok&Stok, que brigou na Justiça para contestar a operação.

Na época, Régis Dubrule, que fundou a Tok&Stok com a mulher, Ghislaine, em 1978, criticou publicamente a combinação de negócios. "É o abraço de afogados, mas nós sabemos nadar. Estamos absolutamente convencidos de que conseguimos salvar a Tok&Stok sozinhos", disse na época em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Para que a Mobly não fosse arrastada para o endividamento da Tok&Stok, foi desenhado um modelo engenhoso. A Tok&Stok protocolou simultaneamente ao negócio seu pedido recuperação extrajudicial, com um pré-acordo dos credores já firmado. Ele prevê um ano de carência no pagamento de juros e dois anos para o início das amortizações. O prazo final foi estendido para 2034 (e não mais 2029).

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A Tok&Stok, que já chegou a valer R$ 1,1 bilhão, foi avaliada no negócio por 10% desse valor - ou R$ 112 milhões.

O grupo ainda não divulgou os resultados do quarto trimestre. Os dados mais recentes, do terceiro trimestre de 2024, mostraram uma leve melhora nas vendas de lojas físicas e um desafio no lado do e-commerce. O negócio segue com prejuízo.

A ação acumula perda de 12% neste ano. Um dos principais desafios para a companhia, segundo apontou relatório do Goldman Sachs, em novembro, é evitar a queima de caixa, que poderia levar a uma necessidade extra por capital.

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PRÓXIMOS PASSOS

Na carta divulgada, os interessados solicitam que a Mobly adote todas as medidas necessárias para que, na maior brevidade possível, seja convocada e realizada uma assembleia-geral extraordinária (AGE), necessária para aprovar a operação. Os potenciais ofertantes informam ainda que iniciarão, também de forma imediata, a negociação com os credores para assegurar a obtenção da anuência dos debenturistas.

"A companhia informará ao mercado em caso de atualizações sobre o tema", diz a Mobly, em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no sábado passado.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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