A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou nesta sexta-feira, 25, que a fragmentação econômica é "certamente inflacionária". Durante breve entrevista à
, ela notou que o quão inflacionário pode ser esse movimento de fragmentação econômica global dependerá obviamente de em que nível ele de fato se materialize. Kristalina Georgieva falou por vídeo, de Washington, e comentou o quadro para os bancos centrais globais, no momento em que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) realiza seu tradicional Simpósio de Jackson Hole. Ela disse que os bancos centrais estão agora em uma fase na qual precisam reconhecer especificidades locais de cada economia, ao traçar suas estratégias para conter a inflação. A autoridade afirmou, por exemplo, que a economia europeia mostra "menos força" neste momento que a dos EUA. No caso norte-americano, Kristalina Georgieva disse que há "demanda muito forte por serviços", mesmo com o aperto monetário. Trata-se de um fator positivo, mas isso não se traduz tanto em impulso para a economia global, acrescentou. Ela ainda defendeu que os países aumentem suas contribuições para as reservas do FMI, a fim de que ele possa responder com apoio aos países mais fragilizados aos choques "que todos nós prevemos" no futuro.
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