O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, comentou nesta segunda-feira (17) que a inflação está mais contida na zona do euro, mas alertou que ainda existem diversos riscos. Entre eles, Guindos destacou "a fragmentação do comércio global, que pode gerar mais pressões inflacionárias".
Questionado sobre a situação de salários na Europa, o dirigente afirmou que ainda há um avanço "muito elevado" em todos os países da zona do euro. "Esse crescimento precisa ser acompanhado por um aumento da produtividade e absorvido de alguma forma para reduzir efeitos sobre a inflação, por exemplo, por meio de outros benefícios aos trabalhadores", disse Guindos, durante seminário da Universidade Internacional Menéndez Pelayo, em Santander.
O vice-presidente também falou sobre a redução do balanço patrimonial do BCE para limitar a liquidez do mercado e, ao ser questionado sobre possível movimento para resgatar títulos da França, Guindos afirmou que não vê uma situação que exija ação emergencial no momento. Ele ainda lembrou que há outras ferramentas do banco central que os próprios governos de países da zona do euro podem buscar, caso identifiquem problemas nos mercados de capitais.
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