A expectativa para a inflação de 2023 subiu ligeiramente em relação à semana passada, de acordo com o Boletim Focus, que compila as estimativas do mercado financeiro, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 8. A mediana das projeções para o IPCA passou de 4,46% para 4,47% - um mês antes, situava-se em 4,51%. Para este ano, foco da política monetária, a projeção permaneceu em 3,90%. No relatório divulgado ontem, o mercado manteve a expectativa de que a taxa básica de juros (Selic) feche o atual ciclo de flexibilização monetária em 9% ao ano no final de 2024. Há um mês, a mediana das estimativas era de 9,25%. Em dezembro, em sua última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. E manteve a sinalização de que o ritmo de corte de 0,50 ponto continua sendo o mais apropriado para as próximas reuniões. Na apresentação do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, enfatizou porém que essa mensagem vale para dois próximos encontros: de janeiro e março de 2024. As estimativas do Boletim Focus para o IPCA continuam acima do centro das metas para a inflação. Para 2023, a mediana está abaixo do teto da meta (4,75%), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo, mas também superam o alvo central, de 3,0%. Para 2025, alvo também das decisões do Copom, a projeção captada pelo Focus para o IPCA continuou em 3,50% pela 24.ª semana consecutiva - o que evidencia a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para os próximos anos.
O cenário captado pelo Boletim Focus para o câmbio ficou estável. A estimativa para a cotação da moeda americana no fim deste ano continuou em R$ 5,00, mesmo nível de um mês atrás. Para 2025, a mediana passou de R$ 5,03 para R$ 5,00, ante R$ 5,10 há um mês. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.
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