A expectativa para a taxa básica de juros no fim de deste ano continuou estável no Boletim Focus. No início do mês, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano pela sexta reunião seguida. A mediana para os juros básicos no fim de 2023 seguiu em 12,50% ao ano pela sexta semana consecutiva. Para o término de 2024, a expectativa também continuou em 10,00% pela 15ª vez. Há quatro semanas, as estimativas eram de 12,50% e 10,00%, nessa ordem.
Considerando apenas as 43 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 também permaneceu em 12,50%. Para o fim de 2024, seguiu em 10,00%, com 41 atualizações na última semana.
Na terceira reunião do Copom no novo governo Lula, o colegiado afirmou que a apresentação do arcabouço fiscal reduziu parte da incerteza, mas que a conjuntura é marcada por um processo de desinflação que tende a ser lento em meio às expectativas de inflação desancoradas. Segundo o colegiado, esse contexto demanda maior atenção na condução da política monetária.
O Banco Central (BC) ainda repetiu que vai continuar vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa Selic por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação à meta. Mas acrescentou que o cenário de retomada da alta de juros é menos provável, embora garanta que não hesitará em tomar esse caminho caso o processo de desinflação não ocorra como o esperado.
Na semana passada, em entrevista à Globonews, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, reconheceu que o cenário está melhor, considerando números mais favoráveis da inflação corrente e sinais positivos à frente. Também destacou a queda na curva de juros longos com a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara, mas ponderou que é preciso ver o efeito nas expectativas.
Na Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 9,00%, mesma mediana de quatro semanas atrás. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que subiu de 8,75% para 9,00%, de 8,88% há um mês.
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