A expectativa inflacionária para este ano voltou a cair no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 10, mas as projeções em prazos mais longos que tiveram recuo significativo na semana passada ficaram estáveis dessa vez.
Para este ano, a expectativa para o IPCA índice de inflação oficial - na Focus caiu de 4,98% para 4,95%. Um mês antes, a mediana era de 5,42%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção continuou em 3,92%. Há um mês, era de 4,04%.
Considerando somente as 60 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 4,92% para 4,90%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta caiu de 3,90% para 3,83%, considerando também 60 atualizações no período.
Nos horizontes mais longos, a mediana para o IPCA de 2025 seguiu em 3,60%. Da mesma forma, houve manutenção na estimativa para 2026, de 3,50%. Há um mês, as projeções eram de 3,90% e 3,88%, respectivamente.
No fim de junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta inflacionária de 2026 em 3,0%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%, assim como nos anos de 2024 e 2025. Para 2023, o alvo central é de 3,25%, com piso de 1,75% e teto de 4,75%.
Com a manutenção do patamar de 3,0%, se encerrou a dúvida que trazia ansiedade ao mercado financeiro desde o início do ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou questionamentos sobre se esse nível seria adequado à economia brasileira. A incerteza sobre o tema era apontada pelo Banco Central como principal fator a explicar a desancoragem das expectativas de inflação em prazos longos, como 2025 e 2026.
As projeções do Boletim Focus continuam acima da meta. Para 2023, a mediana ainda indica estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo, mas superam o alvo central de 3,0%. Atualmente, as projeções do BC para o IPCA são de 5,0% em 2023, 3,4% em 2024 e 3,1% em 2025.
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