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FMI: transição para energias renováveis geraria forte demanda por metais

Na avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI), um cenário no qual a parcela de energia proveniente de fontes renováveis aumentaria dos níveis atuais de cerca de 10% para 60% em 2050 representaria um grande desafio para as atuais cadeias de fornecime

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.12.2021, 21:04:00 Editado em 08.12.2021, 21:11:51
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Na avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI), um cenário no qual a parcela de energia proveniente de fontes renováveis aumentaria dos níveis atuais de cerca de 10% para 60% em 2050 representaria um grande desafio para as atuais cadeias de fornecimento globais. Neste cenário, o combustíveis fósseis diminuiriam de quase 80% de participação para cerca de 20%, aponta o organismo em relatório.

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"A substituição de combustíveis fósseis por tecnologias de baixo carbono exigiria um aumento de oito vezes nos investimentos em renováveis e causaria um forte aumento na demanda por metais", aponta o FMI. No entanto, o desenvolvimento de minas é um processo que leva tempo - geralmente uma década ou mais - e apresenta desafios. Dado o aumento projetado até 2050, as taxas de produção atuais de grafite, cobalto, vanádio e níquel parecem inadequadas, mostrando lacuna de mais de 66% em relação à demanda, enquanto os suprimentos atuais de cobre, lítio e platina também são inadequados, com faltas de 30 a 40%, aponta.

Para alguns, as reservas existentes permitiriam uma maior produção com mais investimentos em extração, como para grafite e vanádio, aponta o FMI, enquanto para outros, as reservas atuais podem ser uma restrição na demanda futura - especialmente lítio e chumbo, mas também para zinco, prata e silício. O relatório lembra que as empresas podem expandir as reservas por meio da inovação na extração e mais esforços podem levar ao aumento do suprimento futuro de metais. Além disso, a reciclagem também pode aumentar o abastecimento, e, atualmente, a reutilização de sucata só ocorre em grande escala para cobre e níquel, mas está aumentando para materiais mais escassos, como lítio e cobalto.

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Outro alerta do organismo é para a concentração em determinados países, caso da República Democrática do Congo, que responde por cerca de 70% da produção de cobalto e metade das reservas. Riscos semelhantes se aplicam à China, Chile e África do Sul, com quebras ou interrupções em suas instituições, regulamentos ou políticas podendo complicar o crescimento da oferta, aponta o FMI.

Um desafio relacionado é o financiamento insuficiente para investimentos em metais e mineração devido ao crescente foco do investidor em considerações ESG. A mineração envolve impactos ambientais e alimenta o aquecimento global, lembra o FMI. "Embora os depósitos sejam amplamente suficientes, o aumento necessário no investimento e nas operações de mineração pode ser desafiador para alguns metais e pode ser prejudicado por riscos específicos do mercado ou do país", conclui o FMI.

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