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FMI reduz previsão de crescimento da China, a 5,0% em 2023 e 4,2% em 2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo suas projeções para o crescimento da China, observando que a aceleração econômica do gigante asiático está arrefecendo. O movimento ocorre depois da disparada no início do ano, relacionada à reabert

Maria Lígia Barros (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Lígia Barros (via Agência Estado)
Publicado em 10.10.2023, 07:19:00 Editado em 10.10.2023, 14:10:44
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo suas projeções para o crescimento da China, observando que a aceleração econômica do gigante asiático está arrefecendo. O movimento ocorre depois da disparada no início do ano, relacionada à reabertura da economia no pós-pandemia, apontou a instituição no Relatório Perspectiva Econômica Mundial, divulgado nesta terça-feira, 10.

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Indicadores sugerem que haverá um enfraquecimento ainda maior à frente, sendo a crise do setor imobiliário o principal fator pressionando o crescimento atualmente, diz o documento. O FMI prevê avanço do Produto Interno Bruto (PIB) chinês de 5,0% em 2023 e de 4,2% em 2024. No relatório de julho, as previsões eram 0,2 e 0,3 pontos porcentuais maiores, respectivamente.

"A Country Garden - a maior incorporadora imobiliária da China e uma das principais beneficiárias de apoio governamental - enfrenta um grave estresse de liquidez, um sinal de que a crise imobiliária está se espalhando para incorporadores mais fortes, apesar das medidas de flexibilização das políticas", comentou o FMI, no documento. "Enquanto isso, o investimento imobiliário e os preços da habitação continuam a diminuir, pressionando as receitas dos governos locais provenientes da venda de terrenos e ameaçando as já frágeis finanças públicas."

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A turbulência no setor, somada às incertezas no mercado de trabalho, pesam sobre o consumo na China, segundo a instituição. O FMI observa que a confiança do consumidor continua fraca, assim como a produção industrial, o investimento empresarial e as exportações seguem arrefecendo, "refletindo uma combinação de demanda estrangeira em declínio e incertezas geopolíticas".

A extensão da desaceleração chinesa dependerá da reação de política do governo, ponderou o FMI. "Para ser eficaz, a resposta terá de preservar a estabilidade financeira, acelerar a reestruturação de incorporadoras em dificuldades, facilitando a conclusão de projetos de habitação, e resolver a crescente tensão nas finanças de governos locais, o que ajudaria a restaurar a confiança das empresas e dos consumidores", detalhou a publicação.

A instituição disse ainda que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) ainda tem algum espaço para relaxar a política monetária, dada a falta de pressões inflacionárias. Ao mesmo tempo, os gastos fiscais podem ser reorientados em direção aos gastos, com multiplicadores fiscais mais altos, mantendo a postura fiscal neutra no geral.

Exportadores de commodities e países que são parte da cadeia de suprimento industrial da Ásia são os mais expostos à falta de ímpeto na China, afirma a publicação. Ao mesmo tempo, caso preocupações com a estabilidade financeira chinesa piorem, outros mercados emergentes podem ser impactados através de volatilidade de taxas de câmbio e desestabilização dos fluxos de capital, adverte o FMI.

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