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FMI projeta alta de 4,6% no PIB da China em 2024, de 4,0% em 2025, 3,8% em 2026 e 3,6% em 2027

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publica nesta sexta-feira, 2, relatório com a conclusão de uma missão de consultas com a China, no âmbito do Artigo IV dos regimentos da instituição internacional. O Fundo projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) chi

Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)
Publicado em 02.02.2024, 07:11:00 Editado em 02.02.2024, 07:14:46
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) publica nesta sexta-feira, 2, relatório com a conclusão de uma missão de consultas com a China, no âmbito do Artigo IV dos regimentos da instituição internacional. O Fundo projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresça 4,6% em 2024 e 4,0% em 2025. O resultado para este ano repete o da atualização de projeções globais divulgada em 30 de janeiro pelo Fundo, enquanto o para 2025 mostra leve mudança, já que no documento do dia 30 apontava para avanço de 4,1%.

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O FMI espera ainda crescimento de 3,8% em 2026 no PIB da China, de 3,6% em 2027 e de 3,4% em 2028. Segundo o Fundo, o crescimento do país está "em geral em linha" com a meta das autoridades de cerca de 5%. A recuperação é puxada pela demanda doméstica, em particular pelo consumo privado, e auxiliado por políticas macroeconômicas, entre elas um relaxamento maior da política monetária, aponta.

O FMI menciona também isenção fiscal para consumidores, gastos fiscais e auxílio para vítimas de desastres naturais como estímulos. Ainda em 2024, a fraqueza do setor imobiliário deve pesar, com a demanda externa "contida". No médio prazo, o crescimento chinês deve ter declínio gradual, com ventos contrários da fraca produtividade e do envelhecimento populacional.

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No caso da inflação ao consumidor, o fundo espera que ela avance de modo gradual, para 1,3% em 2024. Em 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção é a mesma para o índice de preços ao consumidor chinês, de 2,0% ao ano.

O FMI adverte, porém, que a incerteza para a perspectiva do país é "elevada", em particular diante de desequilíbrios existentes e vulnerabilidades associadas. "Uma contração mais profunda que a esperada no setor imobiliário poderia pesar mais sobre a demanda privada e piorar a confiança, amplificar problemas fiscais em governos locais e resultar em pressões de desinflação e reflexos negativos macrofinanceiros", afirma.

Também representam "riscos consideráveis de baixa" um enfraquecimento acima do esperado da demanda, aperto nas condições globais e maiores tensões geopolíticas, diz o FMI. Do lado positivo, ação política decidida e uma reestruturação mais rápida no setor imobiliário poderiam impulsionar a confiança e levar a uma retomada melhor que a prevista do investimento privado.

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O comunicado do FMI diz que os diretores executivos do Fundo elogiam a recuperação forte da China no pós-pandemia. Eles notam que o ajuste em andamento no setor imobiliário e dificuldades nas finanças públicas de governos locais continuam a pesar no investimento privado e na confiança do consumidor. "Os diretores concordaram que apoio macroeconômico continuado e reformas estruturais pró-mercado são necessárias para mitigar riscos de baixa e impulsionar as perspectivas para crescimento de alta qualidade, verde e equilibrado", afirma.

Os diretores do fundo elogiam os esforços das autoridades para conter riscos oriundos do mercado imobiliário e pedem medidas em uma estratégia abrangente para que este segmento da economia "chegue a um novo equilíbrio". Também enfatizam a necessidade de resolver lacunas fiscais dos governos locais, bem como conter riscos da dívida destas administrações. Elogiam ainda o foco das autoridades em evitar riscos e controlar o sistema financeiro.

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