O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, publicaram comunicado conjunto, no qual afirmam que houve uma intensificação nos riscos à economia global, entre eles tensões geopolíticas. Banga e Georgieva emitiram comunicado conjunto com a ministra da Economia do Marrocos, Nadia Fettah, e a presidente do Banco Central do Marrocos, em meio à realização das reuniões anuais do Fundo e do Banco Mundial em Marrakesh.
As autoridades pedem união global pelo objetivo de se proteger a prosperidade e acabar com a pobreza extrema. "As perspectivas para o crescimento global no médio prazo estão no nível mais baixo em décadas", afirmam, ao mencionar marcas de crises sucessivas, o alto endividamento, dificuldades de financiamento para serviços básicos, do apoio para infraestrutura e ações pelo clima, bem como a crescente pobreza e a desigualdade.
Segundo as autoridades, entre eles Georgieva, o mundo se tornou mais propenso a choques, com mais riscos ao crescimento, ao desenvolvimento, aos empregos e padrões de vida, os quais aprofundam desigualdades dentro e fora dos países. Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento "têm sido especialmente atingidas", advertem, citando também o crescimento na divergência de renda com as economias avançadas, enquanto o mundo "não está a caminho de eliminar a pobreza extrema até 2030".
As autoridades afirmam que grandes riscos têm mudado, com a ameaça representada pelas mudanças climáticas, crescentes disparidades em renda e oportunidade, bem como tensões geopolíticas que se intensificam. Elas propõem, nesse contexto, a adoção de quatro princípios: dar mais vigor ao crescimento inclusivo e sustentável; reforçar a resiliência global; apoiar reformas transformadoras; e fortalecer e modernizar a cooperação global.
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