O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu nesta quinta-feira, 29, sua primeira revisão do programa de empréstimos de US$ 15,6 bilhões da Ucrânia, permitindo que Kiev retire imediatamente US$ 890 milhões para apoio orçamentário, visando a contra ofensiva na guerra com a Rússia. Em comunicado, o Fundo afirma que é necessária uma forte apropriação contínua e uma dinâmica de reforma para salvaguardar a estabilidade macroeconômica, reforçar as reformas institucionais e apoiar os esforços de reconstrução, ao mesmo tempo que facilita o caminho da Ucrânia para a adesão à União Europeia.
A economia ucraniana está se recuperando gradualmente, mas os riscos são extremamente elevados e persiste uma incerteza excepcionalmente elevada, avalia o FMI.
Após uma forte contração em 2022, a atividade econômica tem se mostrado mais resiliente do que o esperado, com crescimento atualizado para 1% a 3% em 2023, à medida que a demanda doméstica se recupera.
A inflação está desacelerando, as reservas são flutuantes e o mercado de câmbio tem se mantido estáveis. No entanto, a evolução da guerra continua a ser o risco predominante, enquanto o financiamento externo significativo em termos concessionais precisa continuar a fluir em tempo hábil e derrapagens políticas não podem ser descartadas, avalia o Fundo.
À luz das necessidades significativas do balanço de pagamentos decorrentes do grande choque exógeno da guerra, as autoridades solicitaram um acordo estendido de 48 meses em março de 2023, que faz parte de um financiamento total de US$ 115 bilhões em um pacote para a Ucrânia, lembra o FMI.
Em seu Twitter, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao conselho executivo e à diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, pelo desembolso.
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