O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta quinta-feira, 6, que a Argentina enfrenta um caminho difícil e precisa avançar mais para sair da crise econômica que atravessa, protegendo os setores mais vulneráveis da sociedade aos quais recaem a maior parte do fardo dos ajustes implementados pelo governo do presidente Javier Milei.
As declarações da diretora de comunicações do FMI, Julie Kozack, foram feitas após repetidos elogios que o organismo multilateral tem manifestado às políticas de Milei desde que ele assumiu funções em dezembro passado.
"O caminho a seguir para a Argentina continua desafiador", disse Kozack em entrevista coletiva na sede do FMI em Washington. "Aproveitar estas conquistas iniciais significa que as políticas terão de evoluir", acrescentou, sem identificar essas conquistas.
O FMI está acompanhando de perto "a delicada situação social da Argentina" e enfatizou a "necessidade de aumentar a assistência social para apoiar os pobres", afirmou a porta-voz.
Kozack ressaltou que é necessário melhorar a qualidade da consolidação fiscal para garantir a sua durabilidade e equidade, protegendo os mais vulneráveis. Mencionou também que a política monetária e fiscal deve evoluir para ancorar a inflação e salvaguardar novos progressos e disse que é uma "alta prioridade" realizar reformas que eliminem barreiras e promovam o emprego formal e o investimento privado, além de expandir o apoio político às reformas macroeconômicas.
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