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Flexibilização de Trump em tarifas faz 85 ações, de 87, subirem no Ibovespa

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de colocar em vigor, por 90 dias, apenas a tarifa mínima de 10% para os países que não retaliaram os Estados Unidos abriu espaço para uma recuperação do Ibovespa (+3%) e das bolsas de Nova York (Na

Caroline Aragaki (via Agência Estado)

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Escrito por Caroline Aragaki (via Agência Estado)
Publicado em 09.04.2025, 17:48:00 Editado em 09.04.2025, 17:57:13
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A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de colocar em vigor, por 90 dias, apenas a tarifa mínima de 10% para os países que não retaliaram os Estados Unidos abriu espaço para uma recuperação do Ibovespa (+3%) e das bolsas de Nova York (Nasdaq, +12%), sob duas interpretações. A primeira, de que a flexibilização afasta as chances de uma recessão na maior economia do mundo. A segunda, de que o governo americano estaria disposto a se sentar para negociar com a China - e esta ganhou ainda mais força após o próprio Trump afirmar que "um acordo será feito com a China e com todos os países".

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O Ibovespa fechou em alta de 3,12%, aos 127.795,93 pontos, e o ganho na carteira foi quase generalizado - de 87, 85 subiram, com exceção de Automob e CPFL Energia, que fecharam estáveis.

Depois de uma manhã de indefinição para o principal índice da B3, que titubeava entre altas e baixas, comunicações de Trump deram um norte firme para as bolsas globais: de alta. Primeiro veio a flexibilização na política tarifária de Trump para países que não retaliaram os EUA por 90 dias, que reforçou a possibilidade de que a maior economia do mundo pode não enfrentar uma recessão econômica - tema de atenção para o mercado financeiro, segundo o analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman. "A política tarifária dos EUA será determinante sobre se os EUA enfrentarão uma recessão, ou não, no segundo semestre", avalia.

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Foi "um recuo importante do Trump com a implementação de tarifas recíprocas, e os mercados reagiram positivamente", resume o economista Rodrigo Ashikawa, da Principal Asset Management.

O mercado também entendeu que tal recuo nas tarifas recíprocas, ainda que temporário, "é uma demonstração de que Trump está aberto à mesa de negociação, abrindo porta para negociar até com a China", segundo Arbetman, da Ativa.

Mais para o fim da tarde o republicano disse que os EUA devem firmar um acordo com a China e com os demais países afetados pelas tarifas recíprocas, dando ainda mais fôlego para a recuperação dos índices acionários. Segundo ele, o governo chinês está disposto a negociar as sobretaxas, mas "ainda não sabem como começar" as conversas.

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Por ora os EUA aumentaram a tarifa contra a China de 104% para 125%, em retaliação aos 84% impostos pelo país asiático e que devem começar a partir da 00h01 (horário local) do dia 10 de abril de 2025.

Ashikawa, da Principal Asset Management, pondera que ainda há muita volatilidade de comunicação e, consequentemente, dos mercados. "A agressividade em cima da China pelos EUA ainda é um ponto de bastante incerteza para o cenário", finaliza.

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