Diante do cenário de resiliência em algumas das principais economias do planeta, a Fitch melhorou a previsão para o desempenho da atividade global este ano, mas alertou para os persistentes riscos no horizonte em meio às turbulências no setor imobiliário da China e a política monetária restritiva nos Estados Unidos e na Europa.
Em relatório de perspectivas, divulgado nesta quarta-feira, 13, a agência informou ter elevado a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta em 2023, de 2,4% para 2,5%. Por outro lado, a instituição cortou a estimativa para o avanço mundial em 2024, de 2,1% para 1,9%.
"A crise cada vez mais profunda no mercado imobiliário da China - outrora descrito como o 'setor mais importante do mundo' - é uma nova ameaça às perspectivas de crescimento global, enquanto os impactos dos aumentos dos juros nos EUA e na Europa estão começando ser sentido de forma mais significativa", afirma o economista-chefe da Fitch, Brian Coulton.
A instituição aumentou a projeção para a alta do PIB dos EUA em 2023, de 1,2% a 2,0%, mas ainda espera uma recessão entre os primeiro e segundo trimestre do ano que vem. O desempenho deve levar a uma drástica desaceleração a 0,3% em 2024, antes de uma melhora a 2,1% em 2025.
Do outro lado do Atlântico, a Fitch reduziu a previsão para o crescimento da atividade da zona do euro em 2023 (de 0,8% a 0,6%) em 2024 (de 1,4% a 1,1%).
A expansão será contida sobretudo pela Alemanha, onde o PIB deve encolher 0,4% este ano, segundo a análise.
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