A Fitch Ratings elevou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano, de 2,3% para 3,2%, como resultado da resiliência do consumo em meio a força do mercado de trabalho, maiores gastos sociais e aumento do salário mínimo.
Esses fatores ajudam a mitigar os efeitos do aperto monetário e de um nível de investimentos mais fraco, segundo a agência, em relatório trimestral de perspectivas globais. O desempenho econômico no segundo trimestre foi surpreendente, apesar da base muito forte nos três primeiros meses do ano, conforme a análise.
A instituição, por outro lado, manteve expectativa de desaceleração da atividade em 2024, a uma expansão de 1,3%, diante da normalização da produção agrícola e da estabilização da demanda doméstica. Já para 2025, a projeção é de um elevação de 2,1% do PIB brasileiro.
"O impulso fiscal se tornará negativo, à medida que as autoridades buscam cumprir consolidação prevista no seu novo quadro fiscal, mas a flexibilização da política monetária e outras medidas políticas (por exemplo, o programa de alívio a devedores 'Desenrola') devem fornecer apoio de compensação à demanda", prevê.
A Fitch espera que a Selic termine 2023 em 11,75%, antes de cair a 9,0% em 2024 e 8,5% em 2025. Para a inflação, a estimativa é de 4,9% no fim deste ano e uma desaceleração a 4,0% no próximo e a 3,5% em 2025. "Preocupação reduzida sobre mudanças substanciais no regime de meta de inflação provocou uma moderação das expectativas inflacionária", avalia.
No câmbio, a agência de classificação de risco vê o dólar a R$ 5,00 na virada do ano corrente para o seguinte, com aumento a R$ 5,10 no final de 2024 e R$ 5,20 em 2025. A tendência é de que a moeda brasileira continue sensíveis aos desdobramentos fiscais, ressalta a Fitch.
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