Em 2023, houve pouco progresso na aceleração do ritmo de descarbonização do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, apesar de uma melhora acentuada nas principais economias avançadas. Os mercados emergentes, em conjunto, não conseguiram reduzir a intensidade de carbono do PIB, enquanto sua participação no consumo mundial de energia aumentou, conforme destacado no último painel econômico da Fitch Ratings.
As emissões mundiais de CO2 aumentaram 1,8% em comparação com o crescimento do PIB mundial de 2,9%. A proporção de emissões em relação ao PIB caiu pouco mais de 1%, em linha com o declínio médio anual dos 25 anos anteriores e muito aquém do declínio anual de 8% necessário no período compreendido de 2020 a 2030 para se atingir zero líquido até 2050, diz a Fitch.
Os mercados emergentes como um todo não conseguiram fazer nenhum progresso na descarbonização, com as emissões de CO2 e o PIB do "EM10" da Fitch aumentando 4,7% no ano passado. Nem a eficiência energética nem a intensidade de carbono da energia apresentaram qualquer melhoria, no pior desempenho em uma década, segundo a Fitch.
Um dos motivos do fraco desempenho dos mercados emergentes é o baixo nível de investimento em projetos de energia limpa, de acordo com o painel, exceto a China. A maior parte do crescimento recente do investimento global em energia limpa ocorreu nas economias chinesa e avançadas.
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