O coordenador do Índice de Preços do Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), Guilherme Moreira, elevou a projeção do indicador fechado em novembro de alta de 1,10% para 1,20%, após o dado avançar 1,15% na terceira quadrissemana, devido à alta mais intensa das carnes.
"No geral, o grupo Alimentação tem subido muito. É normal que as carnes bovinas subam neste período, mas as variações estão muito intensas neste ano", salientou o coordenador.
Segundo Moreira, na terceira quadrissemana de novembro as carnes registraram alta de 10,11%, ante 9,39% na quadrissemana anterior. "Estamos falando que a carne bovina vai subir mais em novembro do que entre janeiro e outubro", frisou.
Até o fim de novembro, o grupo Despesas Pessoais também deve contribuir com a aceleração do IPC-Fipe, de acordo com o coordenador do índice, devido à alta de itens como excursões e passagens aéreas. A tendência, porém, é de desaceleração em dezembro, afirmou Moreira.
Caso a alta de 1,20% se concretize no encerramento de novembro, Moreira alerta que seria preciso uma desaceleração a 0,13% em dezembro para a inflação fechar o ano dentro do teto de 4,5%. "Será muito difícil de desacelerar a 0,13% em dezembro", pontuou.
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