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FGV/Icomex: País eleva importação de bens duráveis em 53%, puxada por carros elétricos da China

O Brasil acumulou uma alta de 53,4% no volume importado de bens de consumo duráveis entre janeiro e novembro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. O resultado foi turbinado pelas compras de carros elétricos da China, segundo relatório do Indicador

Daniela Amorim (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim (via Agência Estado)
Publicado em 17.12.2024, 08:59:00 Editado em 17.12.2024, 09:05:04
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O Brasil acumulou uma alta de 53,4% no volume importado de bens de consumo duráveis entre janeiro e novembro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. O resultado foi turbinado pelas compras de carros elétricos da China, segundo relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta terça-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

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"O aumento dos bens duráveis foi explicado ao longo de 2024 pelo crescimento das importações oriundas da China de carros elétricos. O pico foi em junho, quando foi registrada uma variação de +320% em relação a junho de 2023", apontou a FGV.

Houve expansão também nas importações das demais categorias de uso da indústria de transformação, com destaque para o volume importado de bens de capital, que cresceu 23,8% de janeiro a novembro ante o mesmo período do ano anterior, sinalizando investimentos, e de bens intermediários, aumento de 14,5%, indicando insumos para um aumento de produção. De janeiro a novembro de 2024, o País aumentou ainda o volume importado de bens de consumo semiduráveis, alta de 27,7%, e de bens de consumo não duráveis, crescimento de 10,0%.

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O crescimento nas importações brasileiras ajudou a reduzir o superávit da balança comercial neste ano, apontou a FGV. De janeiro a novembro de 2024, o superávit ficou em US$ 69,9 bilhões, o que significa US$ 19,4 bilhões a menos que no mesmo período de 2023.

"A corrente de comércio, porém, foi maior, impulsionada, principalmente, pelo aumento das importações. No acumulado até novembro de 2024 foi de US$ 554,7 bilhões, superior em US$ 22,8 bilhões a de 2023", frisou o Icomex.

A FGV prevê que a balança comercial encerre o ano de 2024 com um superávit entre US$ 74 bilhões e US$ 78 bilhões. "Não se esperam fatos novos que possam alterar as principais conclusões e características da balança comercial de 2024", acrescentou.

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De janeiro a novembro, o volume total de exportações brasileiras aumentou 4,2% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto o volume importado subiu 16,5%. "A China permanece na liderança como principal mercado das exportações e importações brasileiras. O superávit com o país foi de US$ 31,0 bilhões, o que representa 44,3% do saldo acumulado da balança comercial até novembro de 2024", ressalta o relatório do Icomex.

Em relação ao desempenho do ano anterior, entretanto, a participação da China nas exportações brasileiras diminuiu, enquanto avançaram as dos Estados Unidos e União Europeia.

No acumulado de janeiro a novembro de 2024, ante o mesmo período de 2023, o volume exportado pelo Brasil para os Estados Unidos cresceu 10,7%, e para a União Europeia aumentou 5,7%. As remessas para a China cresceram 1,2%, enquanto para a Argentina recuaram 20,1%.

Quanto às importações, o volume adquirido pelo Brasil proveniente da China subiu 38,1% no acumulado do ano; dos Estados Unidos, alta de 3,9%; da União Europeia, aumento de 0,9%; e da Argentina, elevação de 11,8%.

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