As quedas nos preços do minério de ferro (-2,66%) e de alimentos como bovinos (-2,15%), mandioca (-3,89%) e mamão (-29,10%) lideraram o ranking de contribuições para a desaceleração da inflação no atacado medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O IGP-DI saiu de uma alta de 0,87% em maio para uma elevação de 0,50% em junho. Em 12 meses, o índice acumulou aumento de 2,88%.
"O índice ao produtor antecipa o arrefecimento das pressões sazonais sobre os alimentos in natura, ao mesmo tempo em que mostra a desaceleração na variação dos preços dos alimentos processados. Esses movimentos indicam a redução da influência dos alimentos na inflação ao consumidor, conforme medido pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que também registrou desaceleração na taxa de variação do grupo alimentação", ressaltou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) passou de uma alta de 0,97% em maio para uma elevação de 0,55% em junho.
Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais desacelerou de 0,73% em maio para 0,41% em junho, tendo como principal contribuição o subgrupo alimentos processados, cuja variação passou de 1,92% para 1,14%.
O grupo Bens Intermediários desacelerou de 0,88% em maio para 0,45% em junho, sob influência do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,74% para 0,30%.
O grupo das Matérias-Primas Brutas saiu de uma alta de 1,33% em maio para avanço de 0,80% em junho. Houve contribuição dos itens: minério de ferro (de 4,75% para -2,66%), soja (de 5,01% para 2,69%) e bovinos (de -0,65% para -2,15%). As taxas foram mais elevadas nos itens café em grão (de -0,21% para 11,73%) e cacau (de -18,95% para 20,10%).
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