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Fed: sem mais apoio fiscal, há risco de crescimento fraco ou recessão, diz Evans

Presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Chicago, Charles Evans reafirmou nesta terça-feira, 22, o compromisso da instituição com uma política monetária relaxada, mas destacou a importância de mais estímulos fiscais. Durante event

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.09.2020, 12:09:00 Editado em 22.09.2020, 12:15:45
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Presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Chicago, Charles Evans reafirmou nesta terça-feira, 22, o compromisso da instituição com uma política monetária relaxada, mas destacou a importância de mais estímulos fiscais. Durante evento virtual do OMFIF, Evans considerou que, sem mais apoio fiscal, há risco de "período de crescimento fraco ou recessão" nos Estados Unidos.

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Sem direito a voto nas decisões de política monetária neste ano, Evans disse que a falta de apoio fiscal pode provocar uma "dinâmica de recessão" com mais força. Ele considerou que os EUA têm registrado uma recuperação econômica, mesmo no quadro de pandemia da covid-19, e lembrou que há setores que conseguiram manter sua produção apesar da crise de saúde. Por outro lado, Evans também destacou que outros setores mostram-se em desvantagem, como o de serviços e os relacionados a viagens, hospitalidade e hotéis, por exemplo.

Evans enfatizou em mais de um momento a importância da política fiscal, para manter as pessoas em casa no auge da crise de saúde e apoiar a retomada. Segundo ele, mesmo num quadro atual de dificuldades, os EUA conseguiram retomar "cerca de 90%" de sua economia pré-choque da covid-19.

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O presidente do Fed de Chicago afirmou prever taxa de desemprego em 7,5% nos EUA no fim deste ano, "talvez em 7%". Até o fim do próximo ano, projetou que a taxa recuará a cerca de 5,5%. Essa previsão inclui mais algum apoio fiscal e uma vacina para o novo coronavírus à frente, notou. Sobre valores, o dirigente considerou que o estímulo fiscal poderia ser de US$ 500 milhões ou US$ 1 trilhão, na sua expectativa.

Questionado sobre a política do Fed, Evans falou sobre a estratégia de buscar inflação média, mas disse que não há uma fórmula específica sobre como isso se dará adiante. "Nós podemos começar a elevar os juros antes de atingir inflação média de 2% e política seguir acomodatícia", argumentou, dizendo que os dirigentes ainda terão de discutir mais essa estratégia. Ele disse ainda que não será uma preocupação se a taxa de desemprego ficar muito baixa, contanto que a meta para a inflação seja atingida.

"Acho que temos mais a discutir em termos de relaxamento quantitativo", disse ele em outro momento, embora sem se comprometer com mais medidas nesse sentido. "A política monetária tem que ser suficientemente acomodatícia para apoiar a elevação da inflação rumo à nossa meta" de 2%", considerou.

Evans comentou ainda o nível dos juros dos Treasuries, no quadro atual. Segundo ele, o retorno da T-note de 10 anos está em uma marca "muito baixa", mas isso não parece ser uma questão neste momento. Sobre a possibilidade de o BC estabelecer um controle na curva de juros, ele disse que isso poderia se concretizar em um comunicado relativo ao intervalo de seis meses ou um ano, por exemplo.

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