O Federal Reserve (Fed) espera cortar juros em 25 pontos-base nas duas próximas reuniões de política monetária, afirmou nesta segunda-feira, 30, o presidente da instituição, Jerome Powell. Segundo ele, este é o cenário base caso os próximos indicadores venham dentro do esperado. "Se a economia evoluir como o esperado, vamos mover a política monetária para uma postura mais neutra", afirmou.
Em discurso e painel de perguntas e respostas na Conferência da Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe), Powell ressaltou que a instituição não tem a urgência para flexibilizar a política monetária, visto que o mercado de trabalho segue bem aquecido, muito embora venha desacelerando. Ele defende que, no nível em que se encontra o setor de empregos agora, já é possível trazer a inflação à meta de 2% ao ano, sem desacelerar ainda mais a criação de vagas.
"Os indicadores mostram que o mercado de trabalho continua sólido. Nós vamos tomar decisões para garantir que o nível de emprego permaneça exatamente onde está", disse.
Próximas leituras
Os próximos indicadores sobre emprego nos Estados Unidos definirão a decisão de juros do Federal Reserve (Fed) em novembro, disse Jerome Powel. Segundo ele, ainda há riscos para a inflação e para o emprego em níveis "quase equilibrados", e a instituição agirá para preservar os empregos enquanto a desinflação continuar em curso.
Durante um discurso e um painel de perguntas e respostas na Conferência da Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe), Powell ressaltou a importância da leitura do payroll americano em outubro, que será divulgado na primeira semana de novembro, pouco antes do encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), agendado para 7 de novembro. Ele ressaltou que, embora o Fed deva estar em período de silêncio, será impossível tomar a decisão de juros antes de conhecer o indicador, que ditará o nível de flexibilização ideal.
Powell ressaltou que os últimos indicadores salientam que a inflação está caminhando para a meta, em uma desaceleração favorável à flexibilização. Mesmo assim, ele alerta que para a flexibilização continuar conforme o esperado é preciso sinais contínuos de desinflação. Neste cenário, o BC americano continuará agindo para proteger o mercado de trabalho, que segue forte apesar da tendência de esfriamento recente.
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