A persistência de pressões inflacionárias que levem a uma política monetária ainda mais restritiva segue como o principal risco à estabilidade financeira, mostrou pesquisa conduzida pelo Federal Reserve (Fed) de Nova York com 25 integrantes do mercado, incluindo profissionais de fundos de investimento e corretoras.
Vários participantes do levantamento ressaltaram que o mercado de trabalho e a atividade econômica permanecem "robustos", o que sugere que bancos centrais terão que apertar mais os juros, sob o risco de causar uma desaceleração mais acentuada e instabilidades nos mercados financeiros.
Alguns deles pontuaram também que a redução do balanço de ativos poderia prejudicar o funcionamento dos mercados, particularmente dos títulos de dívida pública.
Ainda de acordo com a sondagem, agentes do mercado advertiram para possíveis estresses financeiros se o teto da dívida não for elevado a tempo. Um eventual default ampliaria os custos de crédito em um ambiente de política monetária já apertada, destaca a pesquisa.
Outro risco citado foi a turbulência no setor financeiro após a quebra de bancos regionais. "Muitos participantes observaram maior escrutínio do mercado sobre a estabilidade dos depósitos e quedas no valor justo de ativos legados de taxa fixa de longa duração, o que poderia desencadear mais contágio e volatilidade do mercado", afirma.
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